Microcrédito

Este sistema de financiamento surgiu visando às pequenas e médias empresas (formais e informais) que, devido às muitas exigências do sistema de

Este sistema de financiamento surgiu visando às pequenas e médias empresas (formais e informais) que, devido às muitas exigências do sistema de financiamento tradicional, ficam sem possibilidade de obter crédito para o seu crescimento, sendo o desenvolvimento e a inclusão social seu maior objetivo.

O acesso ao crédito em nosso país para esses empreendedores é importantíssimo, pois possibilita o aquecimento da economia e também a diminuição das taxas de desemprego. Em estudos recentes estima-se que quase 60% dos trabalhadores estão alocados em empresas de pequeno e médio porte. Por isso, o microcrédito é muito mais do que emprestar dinheiro: é uma engrenagem que possibilita a transformação da sociedade.

No sistema de financiamento tradicional os entraves para um pequeno e médio empresário obter crédito são vários, como as garantias reais exigidas pelo financiador, a necessidade de manter saldo médio e a demora para liberação dos recursos, dentre outras. No microcrédito este processo é simplificado, levando em conta a potencialidade econômica do empreen-dimento.

No microcrédito, o financiado recebe constantes visitas do agente de crédito para o acompanhamento da aplicação dos recursos. Nesta, o empreendedor aproveita para receber orientações sobre a administração dos recursos e do empreendimento.


Todo o pequeno e médio empresário pode ter acesso ao microcrédito, desde aquele que tem uma indústria caseira até o que tem uma fábrica de pequeno porte. Para isso existem algumas exigências que devem ser atendidas, como ter o nome limpo na praça (SERASA e SPC), ter um bom relacionamento com a comunidade e a presença de um avalista para o crédito. Mas outras exigências poderão ser feitas de acordo com as normas de cada instituição.

O montante financiado leva em consideração a capacidade de pagamento e as necessidades do negócio, sendo mais voltado para as atividades produtivas, pois raramente financia o consumo. O pagamento é geralmente num curto prazo de tempo, sendo analisados o fluxo de caixa da empresa e a finalidade do financiamento. Se for para capital de giro, o pagamento pode depender do giro das mercadorias. Para investimento em equipamentos, é tomada como base a capacidade do retorno dos investimentos que podem fazer com que prazos sejam mais longos.

As instituições que podem oferecer o microcrédito são as ONG’s (Organizações não Governamentais) obedecendo à Lei da Usura (Decreto nº 22.626, 07/04/1933, não podendo cobrar taxas de juros superiores a 12% ao ano), as OCIP’s (Organizações Civis de Interesse Público) e as SCM (Sociedades de Crédito ao Microempreendedor).

No microcrédito, o financiado recebe constantes visitas do agente de crédito para o acom-panhamento da aplicação dos recursos. Nesta, o empreendedor aproveita para receber orientações sobre a administração dos recursos e do empreendimento. De acordo com o Sebrae-PB, o microcrédito trás inúmeros benefícios para o pequeno empreendedor, tais como:

  • Maiores oportunidades de acesso ao crédito assistido
  • Assistência técnica aos empreendimentos
  • Maiores oportunidades de capacitação gerencial
  • Apoio ao desenvolvimento de tecnologia
  • Desenvolvimento de novos mecanismos de comercialização de produtos
  • Melhores condições de cumprimento dos contratos de financiamento
  • Maior geração de emprego e renda

Hoje o empresário pode se dirigir a uma agência de alguns dos Bancos do Governo para ter acesso aos programas de microcrédito. No Banco do Brasil, a linha de financiamento é o Proger Urbano Informal; na Caixa Econômica Federal, o Proger Autônomo; no Banco do Nordeste, o Crediamigo. O empreendedor ainda pode procurar pelo BNDES e pelos Bancos do Povo apoiados pelo Sebrae.

Emprego e Renda 29-06-2012 Linhas de Crédito

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