Com a proximidade do final do ano, os varejistas começam a sentir frio na barriga. Às vésperas do período de maior aquecimento nas vendas para o setor, são muitas compras de novas coleções, artigos natalinos, olho nas tendências e em tudo que pode movimentar ainda mais o comércio, atraindo consumidores (e seu décimo terceiro salário) para suas lojas.
Para muitos empresários do setor, depois da bonança vem a tempestade. Isso acontece porque nos meses de janeiro e fevereiro as vendes tendem a cair ou simplesmente a voltar ao seu patamar real. Esse é um ciclo que se repete há anos, afirma Carolina Manciola, diretora da Triunfo Consultoria e Treinamento e especialista em vendas.
O aumento das vendas impulsionado pelas festas de final do ano e recebimento do 13º salário deveria ser encarado como uma grande oportunidade para fidelizar consumidores e manter o patamar de crescimento para os lojistas que investem na capacitação de sua equipe, afirma Carolina. Segundo ela, as compras realizadas poderiam ser aproveitadas para alavancar as vendas. Parece sutil a diferença, mas nos meses de novembro e outubro o cenário é de compra, enquanto nos meses de janeiro e fevereiro é de venda. O dinheiro continua no bolso do consumidor, mas volta a ser pulverizado para diversos outros investimentos. Para manter um share of wallet elevado é preciso fidelizar, completa.
Um atendimento diferenciado ou no mínimo justo ajuda nesse processo. Para isso investir na profissionalização da equipe de vendas é fundamental, afinal a experiência que o consumidor tiver ao fazer sua primeira compra em determinada loja é que vai determinar se ele voltará ou não, explica Manciola.
Segundo a especialista, uma das principais falhas cometidas pelos varejistas refere-se ao seu CRM (customer relationship management). Nem sempre são necessário softwares de última geração, apesar de serem bastante úteis. Anotar nome, telefone e e-mail do consumidor já ajuda muito. Na maré baixa é mais fácil atrair para loja quem já teve uma experiência positiva de compra do que iniciar todo o ciclo. Nessas horas, uma caderneta recheada de contatos pode ser a salvação da lavoura.
Outros pontos citados pela consultora, referem-se ao atendimento prestado. Algumas dicas que parecem básicas como perguntar o nome do cliente, adequar-se ao seu ritmo de compra, fazer perguntas que lhe permitam oferecer algo que vá ao encontro às suas necessidades, dentre muitas outras, quase sempre são deixadas de lado, principalmente quando a loja está cheia, explica Carolina.
Para aqueles que desejam colher bons frutos nos meses das vacas magras a solução é aproveitar o momento dos bons ventos e deixar sua equipe afiada para vender mais e melhor.
Fonte: Assessoria de imprensa do grupo triunfo