O índice WE Cities avalia a reputação das cidades em todo o mundo como hubs de inovação e empreendedorismo. Ele conta com cinquenta cidades e considera aspectos, como mercado, cultura, tecnologia, talento e capital. Nova York lidera o ranking mundial por apresentar um mercado favorável ao empreendedorismo e por desenvolver políticas de estímulo à cultura empreendedora.
Já São Francisco apresenta grande potencial para atrair capital, assim como Washington (DC). Esta lidera no quesito talento. Quanto a Austin, a cidade está no topo do ranking em tecnologia. No top 10 do ranking, estão seis cidades norte-americanas, duas europeias, uma asiática e uma brasileira. Trata-se da cidade de São Paulo, uma das melhores cidades do mundo em criar políticas de apoio e uso de tecnologias por empreendedoras.
Para São Paulo estar no ranking como uma das melhores para empreendedoras, foram considerados os seguintes aspectos:
->organizações que lutam pela igualdade das mulheres nos negócios;
->eventos voltados às mulheres empreendedoras;
->igualdade de gênero na contratação;
-> políticas de licença maternidade e paternidade.
Em relação ao quesito mercado, São Paulo não alcançou um bom resultado devido à crise econômica em que o Brasil se encontra. Quanto ao número de mulheres na liderança de organizações ou à representação de mulheres na política local, a cidade não pontuou. No que diz respeito ao número de fundadoras mulheres ou à representação feminina no mercado de venture capital, a pontuação foi consideravelmente baixa.
Segundo a pesquisa, em São Paulo, as mulheres preenchem cargos mais altos apenas em departamentos específicos, como RH e jurídico. Outro ponto negativo foi a falta de uma política oficial de salário justo para as mulheres, tanto no setor público como no privado. Os salários são 25% maiores para os homens, quando comparados aos salários de mulheres que ocupam os mesmos cargos.
Para melhorar o empreendedorismo feminino, em São Paulo, devem ser desenvolvidas políticas para o aumento da representatividade das mulheres no alto escalão das empresas. Além disso, é indispensável motivar as mulheres a retornarem ao mercado de trabalho após terem tido filhos, afirma o estudo.
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Fonte: revistapegn.globo.com
Por Andréa Oliveira.