A Comunicação Intrapessoal

O ser humano é dono do seu próprio destino. A ele - e somente a ele - é dado o poder de acreditar em seu potencial e crescer. Se, com frequência, existem seres que vivem...

O ser humano é dono do seu próprio destino. A ele - e somente a ele - é dado o poder de acreditar em seu potencial e crescer. Se, com frequência, existem seres que vivem cabisbaixos olhando a lama, também existem outros que seguem altaneiros olhando o firmamento, onde brilham as estrelas. Tanto um quanto outro têm problemas. Se ambos têm problemas, por que então uns vivem infelizes e outros confiantes? Sobretudo na mentalização de cada um deles está o diferencial entre um indivíduo que deixa sua vida acontecer e outro que faz sua vida acontecer. O primeiro, influenciado pela sua mentalização negativa, tem baixa autoestima; o segundo, com sua mentalização positiva, tem boa autoestima.

Uma importante observação: é preciso que tomemos muito cuidado em não transformar determinadas informações, como as anteriores, em regras gerais. É essencial que saibamos que, às vezes, existem pessoas que andam cabisbaixas, não porque não queiram olhar as estrelas, mas sim, porque não conseguem olhá-las. São aqueles estados emocionais que empanam – temporariamente – nosso campo de visão. Consoante com este raciocínio é mais importante o indivíduo andar cabisbaixo, por estar vivendo um período dolorido de autoenfrentamento (e futuro crescimento), do que o indivíduo estar sempre sorrindo num processo de autoilusão.

A comunicação intrapessoal eficaz é aquela que, dentre outros atributos, tem como alicerce principal o autoconhecimento, que é um dos maiores desafios do ser humano, pois, geralmente não nos conhecemos. Por exemplo, se somos avarentos, dissemos que somos “econômicos”; se somos prepotentes, afirmamos que sabemos reconhecer o nosso valor! Para nos conhecermos, o Budismo nos ensina que precisamos passar a ter rotineiramente dois procedimentos: Atenção Plena, que é a arte de observarmo-nos incansavelmente, procurando dirigir os olhos para nós mesmos, procedimento este que exige esforço e grande força de vontade. O segundo procedimento é a Interiorização, que é o ato de enfrentarmos o nosso mundo interior e de admitirmos para nós mesmos a natureza de nossos sentimentos, inclusive os inferiores.

Esta atitude de negar nossos sentimentos inferiores chama-se autoilusão, um proceder altamente destrutivo. A partir do momento em que admitimos nossos sentimentos inferiores, abre-se uma porta para aprendermos a ter autocontrole e iniciar o processo de mudança. Sintetizando, a Atenção Plena e a Interiorização levam-nos a adquirir a maior riqueza que podemos ter: o autoconhecimento, que é a base do desenvolvimento em todos os campos de nossa vida.

       Alkíndar de Oliveira é autor de vários livros, sendo o último “O Poder do Diálogo,  como se tornar um grande líder”, Editora Planeta. Escritor, Palestrante, Consultor de Empresas e Professor de Liderança, Oratória, Ambiente Organizacional, Visão Sistêmica, Comunicação Interna e outros temas de interesse das empresas. Radicado em São Paulo-SP, profere palestras e ministra - em todo o Brasil - treinamentos comportamentais para líderes. Suas teses e artigos estão expostos em veículos de comunicação como as revistas Você S/A e Bons Fluidos, da Editora Abril; revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, Editora Globo; revista “Venda Mais”, Editora Quantum; e os jornais Valor Econômico, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil.

Andréa Oliveira 13-08-2014 Artigos

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