Artesanato tem potencial, mas precisa de profissionalização

Em síntese, o setor de artesanato tem potencial, mas precisa de profissionalização. Além disso, para que o empreendedor cresça, é preciso se reinventar no mercado.

Cerca de 78,6% dos municípios brasileiros contam com o artesanato como atividade econômica e fonte de renda

Atualmente, o artesanato movimenta mais de R$ 50 bilhões por ano no Brasil. Ele faz parte da cultura e dos costumes do povo brasileiro e possui estilos peculiares, multiplicidade de cores e rara beleza. Cerca de 78,6% dos municípios brasileiros contam com o artesanato como atividade econômica e fonte de renda de mais de 8,5 milhões de pessoas. Mas são poucos (as) os (as) artesãos e artesãs que se tornam empreendedores (as) no ramo. Mas por que isso acontece?

Porque muitos não têm incentivo para a gestão de seus negócios, muito menos para profissionalização da produção, nem conhecimentos sobre precificação, captação de clientes e divulgação dos trabalhos. Ainda assim empresas como Sebrae e Rede Asta, acreditam no potencial do artesanato brasileiro. De acordo com Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae, a empresa investiu R$ 40 milhões no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (Rio de Janeiro).

Já Alice Freitas, cofundadora e diretora executiva da Rede Asta, completa que sua empresa criou uma plataforma onde artesãos e artesãs de regiões de baixa renda podem expor seus produtos a consumidores em todo o Brasil. Além de favorecer a atividade desenvolvida por esses profissionais – maior geração de empregos, a Asta recebeu o Prêmio Empreendedor de Sucesso 2015 - da Pequenas Empresas & Grandes Negócios (Categoria Negócio de Alto Impacto).

No início, com o desenvolvimento da plataforma, foram reunidos 19 grupos de artesãos e artesãs do Brasil para produzir 30 mil peças em um único pedido. Em 2015, a renda produzida pelos grupos chegou a R$ 917 mil. Atualmente, a Asta reúne 59 grupos de 10 estados brasileiros – são quase mil profissionais que confeccionam artesanatos para decoração e moda (todos comercializados no site da empresa).

Em síntese, o setor de artesanato tem potencial, mas precisa de profissionalização. Além disso, para que o empreendedor cresça, é preciso se reinventar no mercado – com peças que possuam iconografia e identidade cultural da região de origem. Da mesma forma, o empresário do setor precisa conhecer tudo sobre finanças de pequenas empresas e precificação de produtos. A divulgação nas redes sociais e as vendas online também são mais um passo rumo ao sucesso!

Por Andréa Oliveira.

Fonte: Revista PEGN.

Andréa Oliveira 30-08-2016 Notícias

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