Startups de agronegócio crescem no país

As startups de agronegócio apresentam grande potencial, pois trata-se de um setor da economia bastante promissor

As startups de agronegócio apresentam grande potencial, pois trata-se de um setor da economia bastante promissor

Startups de agronegócio crescem no país
Nos últimos dois anos, no Brasil, as startups de agronegócio cresceram, em média, 70% ao ano – mais de 75 empresas foram abertas, dentre as quais, 15 % alcançaram faturamento acima de R$ 300 mil anual. Segundo Sérgio Barbosa, gerente executivo da Esalqtec Incubadora Tecnológica, vinculada à USP - Universidade de São Paulo, as agritechs cresceram no país graças à aceleração dos fundos de investimentos.

As startups de agronegócio apresentam grande potencial, pois trata-se de um setor da economia bastante promissor, mesmo diante da crise que assola o país. Entretanto, é primordial investir em inovação tecnológica na área para fortalecer e expandir os negócios - atualmente o setor se mostra bastante carente nesse aspecto. Por outro lado, o público-alvo apresenta grande interesse em tecnologia.

É importante destacar que as agritechs são um negócio de risco elevado, que exige contínua inovação para convencer os investidores e captar clientes. Muitas delas (mais de 75%) não sobrevivem nos primeiros dois anos, ou por falta de viabilidade financeira e integração tecnológica, ou por incompatibilidade dos sócios e proposta de valor desvinculada ao mercado. Mas isso é um processo bastante comum nesse ramo de negócio.

Apenas sobrevivem as startups que conseguem fortes parcerias com centros acadêmicos e de pesquisa, como a Embrapa. Na verdade, trata-se de uma estratégia imprescindível para a saúde da empresa nos anos iniciais. O vínculo entre pesquisa e negócios é essencial, pois o conhecimento técnico especializado oferece o apoio e o suporte necessários para a inovação tecnológica, além do acesso a informações, sem custos à parte.

Segundo Robert T. Fraley, vice-presidente executivo e chefe global de tecnologia da Monsanto, a multinacional investiu em várias startups de agronegócio. Em 2013, foram investidos US$ 930 milhões na Climate Corporation. Sua principal função é coletar e analisar dados por meio de ferramentas com monitoramento climático e modelos agronômicos. No primeiro ano de atividades, foram monitorados cerca de 500.000 hectares.

De fato, as parcerias com grandes empresas e o auxílio dos fundos de investimentos são o fator-chave para o sucesso das startups de agronegócio no Brasil. Sem falar que elas ajudam a impulsionar o agronegócio nacional unindo recursos existentes no país com inovação tecnológica de fora. E assim a agricultura segue rumo à era digital.

Por Andréa Oliveira.

Fonte: Revista Globo Rural.

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Andréa Oliveira 05-10-2017 Notícias

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