A felicidade compartilhada

" A felicidade só é real quando é compartilhada" Com a frase acima termina o filme, de livro homônimo, Na natureza selvagem. Não vou entrar no

" A felicidade só é real quando é compartilhada"

Com a frase acima termina o filme, de livro homônimo, Na natureza selvagem. Não vou entrar no mérito do livro porque não li, nem no do filme porque já o vi há tempos e não sou um especialista em cinema, só posso dizer que gostei muito.

A frase final do filme é bastante impactante, principalmente para quem presta atenção às coisas sutis da vida.

Somos, possivelmente, felizes sozinhos, pulando pra cá e pra lá entre pessoas, contudo, é uma felicidade contida, comedida, incompleta. É como quando amigos se encontram e contam os causos das suas vidas, as suas alegrias e vitórias, fazem isso não para se vangloriar e ostentar como se colocando acima do outro, pelo contrário, o amigo conta as coisas boas da sua vida, pois sabe que o ouvinte alegrar-se-á ao ouvi-las, compartilhando um pedaço da alma, do sentido dessa felicidade.

O homem que parte em busca de si mesmo, do auto-conhecimento, caminha por um caminho por vezes solitário, entretanto, deve retornar ao meio social de onde veio (salvo exceções), e ele o faz porque nenhum conhecimento da própria alma tem completude sem a vivência com aqueles que a vida pôs em seu caminho. O caminhante solitário só é sozinho em etapas decisivas, o guerreiro não luta uma guerra sozinho.

Eu vivencio isso o tempo todo, quando encontro uma banda nova que acho legal, ou um vídeo divertido para alegrar uns minutos da vida de um amigo vou correndo para mostrá-lo, quero que compartilhe da minha alegria.

Ter pessoas com quem se possa compartilhar momentos de ócio, ou não-ócio, sem nada para fazer além de ser companhia é fundamental, sejam essas pessoas familiares, amigos ou namoradas.

Talvez isso seja uma necessidade muito primitiva do homem, talvez seja herança da evolução da espécie, ou ainda, um imperativo do âmago do ser, disso que chamamos alma e não sabemos definir, desconhecemos e até, por vezes, desprezamos, mas está sempre lá para nos lembrar o que somos e, se necessário, nos infligir crises internas para que nos reencontremos, e é aí que entram os companheiros de jornada, e é aí que entendemos que a felicidade só é real quando compartilhada.

Victor Monteiro 20-08-2012 Para Refletir

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