Silk-screen - como montar uma estamparia

A serigrafia, mais conhecida como silk-screen, é o processo que utiliza uma matriz de tecido para reproduzir uma imagem. O tecido usado como matriz é

A serigrafia, mais conhecida como silk-screen, é o processo que utiliza uma matriz de tecido para reproduzir uma imagem. O tecido usado como matriz é a seda, na qual a imagem é gravada para, posteriormente, ser reproduzida.

 

A serigrafia é o processo de impressão mais simples de todos os processos. Quando a matriz fica pronta a tinta é pressionada contra ela até que atravesse o tecido pelos espaços livres e imprima o produto final - camisa, caneta, boné. Enfim, a imagem pode ser impressa sobre qualquer formato e material.

Por ser um processo simples de produção e implantação, qualquer pessoa pode montar uma estamparia e começar a produzir uma diversidade de produtos. É um mercado que se encontra aberto e se mostra receptivo a essa iniciativa.

A serigrafia é um dos métodos mais antigos de impressão. Seu inicio foi artesanal, mas hoje já existem no mercado máquinas para todas as etapas de produção, embora possa continuar sendo feita à moda antiga.

Uma estamparia pode produzir uma infinidade de produtos, pois uma gama de produtos produzidos hoje em dia é silcado. E a cada dia surgem novas necessidades. A serigrafia pode começar como um hobby e se transformar em uma importante fonte de renda familiar ou também já começar com o propósito empresarial. Isso vai depender da sua dedicação.

A impressão com silk-screen não se limita a estampar camisas em época de eleição, embora, realmente, essa seja uma excelente oportunidade de negócio.

Um ramo que se beneficia dessas facilidades de impressão da serigrafia são as confecções, por meio de serviços terceirizados ou estampando suas peças. O fato é que as confecções sempre desenvolvem modelos de estampas variados, tornando essa produção um ponto de grande importância para a coleção. Por meio das peças pilotos fica mais fácil selecionar peças, reduzir custos e ganhar competitividade. 


Produção

O primeiro passo para começar a produzir por meio da serigrafia é se especializar e dominar as técnicas de produção. O empreendedor deve se dedicar para aprimorar seu trabalho e se tornar possível atender bem ao gosto dos clientes. O segundo passo é conhecer bem o público alvo. Abra mercados e identifique a clientela seja no bairro ou em cidades vizinhas.

Surgiu a necessidade do cliente? Então você tem seu primeiro trabalho. Com o orçamento em mãos, começa a definição do trabalho, que levará em conta o número de peças, o número de cores, arte final e tipo de objeto que receberá a impressão. Essas definições permitem a avaliação de gastos com quadros, tecidos, tintas, enfim, o necessário para a produção das peças.

Para que a imagem seja gravada numa tela de silk-screen é preciso gerar uma transparência, uma “máscara”. Essa máscara é a responsável por deixar na matriz as áreas livres por onde a tinta passa e forma a imagem a ser reproduzida.

Orçamento aprovado produção iniciada. Tem inicio a primeira etapa, a preparação da arte final que pode ser trazida pelo cliente ou elaborada pela estamparia. Analise bem a figura em questão, pois é preciso que ela seja uma cópia do original a ser reproduzido.

Arte Final

A transparência pode ser gerada por meio de três processos. O sistema fotográfico, conhecido como fotolito. O sistema a laser responsável pelo laser film e o manual, feito com nanquim e papel vegetal.

O fotolito, geralmente, tem um custo bem elevado. No sistema a laser a arte final é gerada em papel vegetal na própria impressora a laser. E no caso da figura não exigir muita definição, é possível decompor as cores utilizando papel vegetal e caneta nanquim.

A imagem gerada pelo nanquim precisa ficar bem preenchida e por esse motivo você deve utilizar sempre a cor preta. Cada cor a ser impressa precisa de uma tela específica, por isso, para facilitar a localização, cada uma delas deve ter o nome de sua respectiva cor anotada.

O uso do computador para a produção da arte final torna o seu produto mais confiável e a produção mais ágil. Contudo, é preciso que o seu computador possua configuração mínima para rodar um bom programa de editoração gráfica.

 

 


Matrizes, quadros e tecidos

A matriz é uma espécie de molde de onde são geradas as reproduções. A matriz é formada por um quadro, moldura, e por um pedaço de tecido.
Como funciona? O molde é tirado a partir da reação do tecido com produtos químicos e, logo após, reagindo com a luz e por fim com a água.
Não se esqueça: a imagem só fica perfeitamente gravada na matriz se o tecido estiver esticado apropriadamente. Cada arte final recebe uma matriz. O número de cores utilizadas será o número correspondente de matrizes necessárias para a estampa.

Conheça as etapas de preparação de uma matriz:

  • Quadros: o quadro utilizado para a fabricação de uma matriz pode ser feito de madeira ou de alumínio. Os primeiros são mais utilizados em impressões em camisetas e podem ser usados também para adesivos, faixas e cartazes. Os quadros de alumínio, que possuem qualidade muito superior, são indicados, principalmente, para impressões que precisam de alta definição, precisão.
  • Tecidos: a malha a ser usada tem grande importância na qualidade do produto. O tecido precisa ser de material resistente e confiável. O nylon já foi o tecido mais utilizado nesse processo, mas com o aparecimento do poliéster, esse cenário mudou. O tecido deve ser bem esticado, porém a tensão não deve passar do limite indicado pelo fabricante, pois cada tecido tem uma tensão diferente.

 

Esticamento, registro, emulsão

  • Esticamento: para esticar o tecido existem alguns instrumentos específicos. No caso dos iniciantes, o mais usado, de custo mais baixo, é o alicate de pressão esticador. Em que consiste esse aparelho? Consiste apenas em um alicate de pressão adaptado para a serigrafia. No processo manual é também utilizado o sargento, uma presilha que prende o quadro à mesa permitindo que o serígrafo fique com uma das mãos livres durante o processo. Outros equipamentos utilizados nesse processo são também os grampeadores, grampos, estilete, martelo, além do quadro e tecido.
  • Registro: depois de pronta todas as matrizes é hora de colocá-las sobre a câmara reveladora da bancada prática. Alinhe utilizando a arte final que tem o contorno externo da imagem. Não se esqueça: isso deve ser feito com a arte final centralizada em relação à matriz. Para o registro das outras matrizes, utilize a mesma arte final que possua contorno da imagem.
  • Emulsão: a arte final delimita onde deve passar a tinta, mas é a reação da emulsão que propicia a gravação das áreas nas matrizes. A emulsão é preparada misturando-a com um sensibilizante. Ela reage com a luz e depois com água.

 

 


Revelação e impressão

  • Revelação: a revelação é a gravação da arte final na matriz emulsionada. Como isso acontece? Colocando a matriz preparada em contato com a arte final e expondo-as à luz e logo em seguida com a água. Esse processo forma uma máscara na matriz: a imagem a ser produzida.
  • Impressão: essa é a última etapa do processo de silk-screen. É nesse momento que serão estampados os erro e acertos do processo. Escolha as tintas corretas e quando for necessário misturar, faça isso com cuidado. Centralize a arte final no local exato da impressão e, sem prender completamente o quadro na garra, abaixe o conjunto em cima do objeto e vá ajustando sua imagem até que a matriz encontre a posição ideal. Depois que o registro de uma matriz estiver pronto, pinte todo o objeto com a cor e só então troque a matriz.

Geralmente não são necessárias mais de duas mãos de tinta. Depois de cada impressão, e antes de imprimir outra camisa, cubra a matriz com bastante tinta para evitar que ela seque e também para evitar o entupimento dos furos da trama do tecido.

 

 

 

 

Emprego e Renda 13-02-2012 Cursos

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