Fotografia: pintar com luz. Registro da luz refletida pelo objeto fotografado em dispositivos físicos.
A primeira importante descoberta para a fotografia foi a câmara escura. No começo, a câmara escura era um quarto vedado à luz com um orifício de um lado e a parede à frente pintada de branco. Ao se colocar um objeto diante do orifício, do lado de fora do quarto, o mesmo tinha sua imagem projetada invertida na parede.
Além da câmara escura, os materiais fotossensíveis formaram os dois fundamentos básicos, manifestando em conjunto, para a invenção da fotografia. A história nomeia o francês Joseph Nicéphore Niepce como a primeira pessoa a tirar uma fotografia sem alteração da imagem produzida.
Em 1829, Niepce firma sociedade com Louis Daguerre, que também trabalhava com câmara escura. Essa sociedade tinha como objetivo aprimorar as técnicas até então conhecidas. Com o falecimento de Niepce, Daguerre continua as experiências para fixação das imagens obtidas. Em 1839, a descoberta do daguerreótipo foi anunciada na Academia de Ciências de Paris.
O daguerreótipo possuía algumas características próprias. A imagem que ele formava era tanto negativa quanto positiva, pois quanto mais luz recebe mais a prata fica preta, mas dependendo do ângulo e incidência de luz na superfície metálica ela se tornava positiva.
A imagem formada era também espelhada, pois a imagem se formava na câmera e não havia cópia, o que a mantinha invertida. Uma imagem única e sem possibilidade de cópia. Porém, apesar das limitações, o daguerreótipo tinha uma qualidade de imagem extremamente nítida e, por vezes, com detalhes que a olho nu não se podia definir.
Não há como compreender a fotografia sem entender as propriedades da luz. A maneira como fotografamos é diretamente afetada por duas características importantes da luz: trajetória em linha reta e velocidade constante. A luz pode ser refletida, absorvida e transmitida.
A luz, quando refletida por um objeto, se propaga em todas as direções e no momento de fotografar, ao dar o clique, a luz refletida do objeto a ser fotografado atingirá o objeto de registro (filme fotográfico ou sensor digital).
O processo da fotografia é muito parecido ao do olho humano. A luz irradiada pelo elemento entra pela lente, passa pelo diafragma e é registrada em seguida.
A luz nos possibilita enxergar as cores, as formas, os tamanhos e os movimentos dos objetos. Na fotografia, a luz pode ser classificada como luz natural e luz artificial. A luz natural é a proveniente do sol e a artificial é obtida por meio de equipamentos de iluminação.
As câmeras fotográficas são classificadas considerando o tipo de captura de luz, dimensões da imagem registrada e os recursos disponíveis em um equipamento. Com base nisso, podemos classificá-las em, ao menos, três tipos.
Médio e grande formato: são câmeras usadas por fotógrafos com bastante
experiência por serem mais complexas. São consideradas assim porque as dimensões do fotograma obtido são maiores do que os 35 mm.
Independente do tipo de câmera fotográfica utilizada, elas possuem objetiva (lente), diafragma e obturador.
Objetivas: a objetiva é a responsável pela captura dos raios luminosos emitidos pelo objeto a ser fotografado. Os raios desviados devem atingir a lente convergindo para o ponto de foco. As objetivas podem ser classificadas em três tipos: normais, teleobjetivas e grandes angulares.
A distância focal determina o ângulo de visão do fotógrafo, o que tem influencia direta nos enquadramentos que poderão ser feitos.
A captura das imagens pode acontecer de três diferentes maneiras e permite que o fotógrafo realize diferentes ajustes de acordo com necessidade e conhecimento.
O flash é o elemento utilizado
para fornecer luz necessária para fotografar em condições de pouca luminosidade ou em situações especiais. Os automáticos são totalmente controlados pela câmera e os manuais exigem maior conhecimento do fotografo sobre o assunto (abertura do diafragma, velocidade do obturador). O flash deve ser disparado no momento em que a cortina do obturador estiver toda aberta, possibilitando que o filme ou sensor receba a imagem totalmente iluminada.
O controle da luz é o passo fundamental para uma boa fotografia, mas é preciso saber também como enquadrar adequadamente os objetos a serem fotografados.
O deslocamento dos elementos a serem fotografados devem atender a regra dos terços, que consiste em subdividir a área utilizada na composição em nove partes. São quatro linhas imaginárias, duas horizontais e duas verticais. O cruzamento delas determina quatro pontos focais chamado de terços.
Na fotografia existem seis planos de enquadramentos:
A sensibilidade do filme é indicada por números do sistema ISO (International Standarts Organization), antiga ASA. Quanto maior o valor do ISSO maior a sensibilidade do filme, consequentemente, menos luz se fará necessária para dar nitidez à fotografia. Os filmes são classificados da seguinte maneira: