Porta-enxerto de rosas: aprenda a fazer e comercialize!

Em plantios comerciais de rosas, a produção de mudas é feita por meio da enxertia e para a comercialização das mudas, normalmente, a melhor época é aquela em que as...

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 Para se ter um bom porta-enxerto para a produção de rosas, popularmente conhecido como cavalo, é essencial a escolha de uma variedade que apresente características importantes

Em plantios comerciais de rosas, a produção de mudas é feita por meio da enxertia e para a comercialização das mudas, normalmente, a melhor época é aquela em que as plantas apresentam a taxa de crescimento em menor intensidade, evitando as épocas de brotação.

Para se ter um bom porta-enxerto, popularmente conhecido como cavalo, é essencial a escolha de uma variedade que apresente características como: boa capacidade de enraizamento, resistência à seca e variação de temperatura, resistência a nematoides e doenças, boa adaptação dos tipos de solo, casca facilmente descascável para operações de enxertia e compatibilidade com as variedades a serem enxertadas.

Em julho ou agosto, em pleno período de repouso das plantas, em geral, colhem-se os ramos (cavalos ou porta-enxertos) que deverão constituir as estacas. Deve-se utilizar estacas maduras com aproximadamente 25 cm de altura e diâmetro igual a espessura de um lápis e com cinco a oito gemas. “Retire as gemas deixando apenas duas gemas superiores (estas serão a copa do porta enxerto), deve-se ter cuidado ao retirar as gemas para evitar o aparecimento de doenças, portanto, usar plantas sadias, ferramentas esterilizadas e bem afiadas”, afirma Dr. José Geraldo Barbosa, professor do Curso a Distância CPT Como Produzir Rosas.

O enraizamento pode ser feito de 2 formas:


- Terreno leve: o enraizamento poderá ser feito diretamente no viveiro, onde as plantas serão enxertadas.
- Terreno pesado: o enraizamento deve ser feito em canteiros apropriados, preparados com material como casca de arroz queimada, terriço ou areia.

Em ambos os casos, as estacas são colocadas em fileiras, enterrando 2/3 do comprimento com espaçamento de 1 m a 0,60 m por 0,10 m a 0,20 m. O processo de enraizamento é de dois a três meses. Assim que as estacas estiverem enraizadas, faça o transplante para os canteiros de produção onde as estacas serão enxertadas. Neste ponto, as covas são feitas com um pontalete de aproximadamente 10 cm de diâmetro. São feitas quatro fileiras de covas por canteiro, sendo que as duas fileiras da extremidade tem aproximadamente 25 cm de distância entre si e entre as covas.

A época ideal para o plantio do cavalo é no final do inverno, pois, com aproximadamente 30 dias, poderá fazer a enxertia. Normalmente faz-se a enxertia próximo ao solo. Caso haja muitas ramificações, deve-se proceder uma poda para eliminar os excessos de brotos deixando um a dois ramos.

A enxertia mais usada é a do tipo T invertido. Após executar o corte, colocar a borbulha com cuidado e amarrar com uma fita plástica. Após 25 dias, retire o amarrio deixando o enxerto exposto. Se a borbulha estiver verde e formado um calo, faça a decapitação do porta-enxerto. Logo em seguida, o corte da gema apical, mais ou menos 2 cm da ponta, isso ajudará no fortalecimento da soldadura. Enquanto as mudas vão sendo formadas o crescimento é fiscalizado, evitando-se o excesso de ramificações. Não esquecer os tratos culturais normais aos viveiros e controle sanitário.

Para que as roseiras enxertadas se desenvolvam convenientemente, no viveiro, deve-se tratá-las dispensando-lhes os seguintes cuidados:


- desbrotar os porta-enxertos, não deixando seus brotos crescerem além de 5 cm de comprimento;
- ligar ou amarrar aos tutores os ramos cavaleiros, não permitindo que de cada gema enxertada ou inoculada se desenvolvam mais que três ou quatro rebentos, os mais vigorosos e bem situados, eliminando-se os demais. Normalmente, conserva e conduz um só rebento de cada gema cavaleiro, o qual, mais tarde, será podado à altura conveniente para formar a cova.
- suprir ou eliminar todos os botões floríferos que as roseiras recém-enxertadas produzirem logo após a enxertia, pois a conservação das flores produzidas, em tais plantas, sérios prejuízos poderá acarretar às mesmas.

Geralmente, de seis a dez meses após a enxertia, podem se transplantar para os lugares que deverão vegetar definitivamente, as mudas de roseiras enviveiradas. Todavia, a melhor ocasião para praticar esta transplantação é durante os meses do outono, preferencialmente o mês de abril, época esta em que os ramos que constituem os cavaleiros das plantas já se acham perfeitamente outonados e preparados para hibernação (repouso).

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Por Silvana Teixeira.

Silvania Teixeira 23-07-2018 Oportunidades de Negócios

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