Valorize seus profissionais e conquiste seus clientes

Um problema que as grandes redes de varejo, como Casas Bahia, Ricardo Eletro e Magazine Luiza, sempre enfrentaram é a grande rotatividade dos seus

Um problema que as grandes redes de varejo, como Casas Bahia, Ricardo Eletro e Magazine Luiza, sempre enfrentaram é a grande rotatividade dos seus funcionários. Gastavam, consideravelmente, com seleção, recrutamento e treinamento e viam o esforço indo pelo ralo com as trocas constantes de equipe. A necessidade frequente por novos colaboradores sempre era um transtorno para os gerentes.

Além do incremento nos gastos com recursos humanos, outra dificuldade estava relacionada aos clientes. Lojas desse segmento notabilizam-se por atender a todas as classes, especialmente, as de menor poder aquisitivo, que aproveitam as formas de pagamento com muitas prestações para adquirirem produtos de preço mais elevado. Tal benefício faz com que os clientes voltem às lojas e comprem novamente e é aí que entra a figura do “vendedor preferido”, digamos assim. Trata-se do vendedor com o qual o cliente criou laços de confiança. Aquele que torna a compra do consumidor mais confiável, gera mais vendas e, consequentemente, lucro para a empresa.

Com o objetivo de resolver esse problema de alta rotatividade, o setor de gestão de pessoas das Casas Bahia criou vários programas de benefício ou valorização dos seus profissionais. Criaram o 14º salário, um salário extra, como presente motivacional, um plano de carreira bem estruturado, com o qual todos podiam alcançar melhores cargos e bônus por vendas excedentes às metas. Tudo com o objetivo de estimular os funcionários a maximizarem as vendas. Até mesmo cestas de alimentação eram dadas, mensalmente, aos colaboradores de renda inferior.

Com essas políticas, a taxa de rotatividade da empresa ficou em 25% contra uma média de cerca de 45% no setor. Isso agradou aos clientes que passaram a ter por mais tempo seus “vendedores favoritos”, mantendo um padrão bom de vendas e lucratividade, reduzindo custos com contratação e treinamento e fazendo com que os colaboradores criassem identidade com a empresa.

Certamente, as pessoas reconhecem quando são valorizadas e entregam toda a sua energia para recompensarem a empresa onde trabalham. Isso ocorre por meio das políticas de reconhecimento dos funcionários.

Não podemos negar que, no ambiente das empresas, não há nenhuma ferramenta motivacional melhor do que o dinheiro. Se tem um dia que as pessoas tendem a abrir aquele sorriso, esse dia é o dia do pagamento. No entanto, há muitas outras formas de recompensar os profissionais, envolvendo ou não dinheiro.

Com as tecnologias e a competitividade a todo vapor, para que as empresas se destaquem e obtenham sucesso, é preciso que operem no máximo da sua eficiência. Porém, a eficiência depende muito do desempenho dos seus colaboradores.

Segundo Hélvio Tadeu Cury Prazeres, professor do Curso “Gestão de Pessoas na Pequena Empresa”, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, por mais que a tecnologia auxilie as organizações a melhorarem seus resultados, as pessoas continuam sendo componentes fundamentais nas estratégias empresariais.

O pagamento do salário, a princípio, pode ser suficiente para o colaborador, mas com o passar do tempo, isso pode não contagiá-lo mais a ponto de extrair o máximo da sua competência. A acomodação é algo comum nas pessoas e fatores de recompensa são fundamentais para manter a chama da empolgação acesa.

Escrito por: Victor Monteiro Lopes

Victor Monteiro 01-11-2012 Matérias

Deixe um Comentário

Comentários

Não há comentários para esta matéria.