Pesquisa revela tendência de desaquecimento do mercado de trabalho

No último ano somente 57% dos profissionais estiveram em busca de um novo desafio profissional, contra 59% em 2011 e 69% em 2010

Uma pesquisa realizada por uma consultoria de seleção de executivos entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013 com mais de 1.600 profissionais, mostra uma tendência de desaquecimento do mercado de trabalho ao longo dos últimos três anos. De acordo com os resultados da pesquisa, a porcentagem de profissionais que mudaram de emprego no ano passado foi de apenas 27%, contra 29% em 2011 e 31% em 2010. No mesmo período também houve uma redução na procura por emprego: em 2012 apenas 57% dos profissionais estiveram em busca de um novo desafio profissional, contra 59% em 2011 e 69% em 2010.

“Esse movimento é uma consequência dos contextos das economias brasileira e global, que impactam nosso mercado de trabalho. Se compararmos os números atuais aos anteriores, vemos uma tendência negativa. Porém, em relação ao mundo, estamos bem, vivendo um momento de pleno emprego, com taxas de desemprego abaixo de 5%”, aponta o coordenador da pesquisa, Luiz Alencar.

Executivos estão mais satisfeitos

A queda do número de profissionais procurando ativamente por novas oportunidades reflete a maior satisfação destes com suas atuais colocações atuais. “Com menos pessoas procurando mudar de emprego, maiores as chances dos candidatos vencerem o processo seletivo. Enquanto em 2010 apenas dos 45% que se candidataram obtiveram sucesso, em 2012 47% dos candidatos conseguiram um novo emprego”, explica o coordenador da pesquisa.

Disputa pelos melhores talentos

A pesquisa também mostra que as empresas estão buscando investir mais para atrair e reter seus talentos. Segundo os 263 profissionais de Recursos Humanos que participaram do levantamento, no ano passado a principal prioridade das suas empresas em relação à gestão de talentos foi recrutar e atrair profissionais para preencher vagas de colaboradores que deixaram a empresa. Em segundo lugar, os RHs se preocuparam em desenvolver ações e programas para retenção dos melhores profissionais. Boas políticas de treinamento e desenvolvimento tornam possível o crescimento profissional de seus colaboradores, capacitando-os a ocupar as novas posições dentro da própria empresa. Com isso, reduzem-se as chances de eles serem seduzidos pelas oportunidades que o mercado apresenta. “Há uma preocupação crescente em não perder os melhores talentos, mas também em repor vagas deixadas por aqueles que saíram da empresa, provavelmente atraídos por oportunidades fora. Taxa de desemprego baixa significa que os melhores certamente estão bem empregados. E assim, a briga por eles é maior”, pontua Alencar.

Fonte: StautRH

Emprego e Renda 01-05-2013 Notícias

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