Consultor comenta pesquisa sobre o impacto negativo das más contratações

Segundo Eduardo Ferraz, as pessoas são contratadas pelo currículo e demitidas pelas atitudes

Nova pesquisa da CarrerBuilder revela que mais da metade dos empregadores em cada uma das 10 maiores economias do mundo dizem que uma má contratação (alguém que não se adequou ao trabalho ou à empresa) tem impacto negativo em seus negócios, apontando para uma perda significativa de receita, de produtividade ou desafios com a moral dos demais funcionários e relações com clientes. Entre os que admitiram ter feito más contratações, 27% dos americanos relatam que uma única contratação custou mais de US$ 50 mil à organização. Dos empregadores brasileiros entrevistados, 41% afirmam que sofrem mais com perda de produtividade e 35% para treinar e preparar um novo funcionário.

Segundo o consultor em gestão de pessoas há mais de 20 anos, Eduardo Ferraz, todo presidente, diretor, gerente ou dono de empresa deveria gastar no mínimo 30% de seu tempo contratando, treinando e avaliando pessoas. “Pode parecer muito, mas o principal beneficio é a possibilidade de aumentar a capacidade de aproveitar as pessoas no que elas têm de melhor, posicionando-as nos lugares certos, aumentando consideravelmente os rendimentos”.

O consultor completa que as pessoas são contratadas pelo currículo e demitidas pelas atitudes. “A pessoa tem talento para a função, um ótimo currículo, fala três idiomas, mas é indolente, ou tem dificuldades em cumprir horários, ou trabalha mal em grupo, não consegue ser proativa, ou é desagregadora, ou faz tudo isso ao mesmo tempo”.

Nesse sentido, a orientação é: “Ao invés de olhar apenas o currículo dos candidatos, coloque uma lupa no histórico, pois, todo mundo, sem exceção, deixa um rastro durante a vida, e ele mostra uma clara tendência para o futuro. A personalidade, ao contrário do que muitos dizem, é previsível. Fazendo as perguntas certas e checando as respostas, as chances de acertar uma contratação aumentam muito”.

Com certeza há quem duvide que um presidente de empresa gaste tanto tempo com recrutamento, sendo eles tão ocupados. São raros, mas existem. “Não digo que os dirigentes de companhia têm que substituir ou fazer o papel do RH, mas trabalhar em total sintonia, participando da seleção em todos os cargos estratégicos, das dinâmicas de grupo e até da análise do que deu errado em cada contratação. Se você, como líder, investir seu tempo nesta análise, com certeza acertará com muito mais frequência nas suas escolhas”, finaliza Ferraz.

Fonte: CarrerBuilder

 

Emprego e Renda 27-05-2013 Notícias

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