Gerenciamento de profissionais que trabalham remotamente ainda é desafio para empresas

Segundo pesquisa, 55% dos gestores se preocupam com a forma como os funcionários usam o tempo ao trabalharem à distância

Segundo pesquisa, 55% dos gestores se preocupam com a forma como os funcionários usam o tempo ao trabalharem à distância

Se a flexibilização do trabalho é uma tendência em plena expansão no Brasil e no mundo, o gerenciamento do crescente número de “profissionais remotos” ainda é um desafio para muitas empresas. Segundo uma pesquisa encomendada pela Regus, multinacional líder em espaços flexíveis de trabalho, 55% dos quase 600 brasileiros entrevistados acreditam que os gestores de suas companhias se preocupam com a forma como os funcionários usam o tempo enquanto trabalham à distância.

A maioria dos profissionais consultados (61%) acha que o gerenciamento remoto pode fluir sem barreiras – mas que, para isso, os gestores precisam de treinamento especial. O levantamento da Regus indica ainda que a tecnologia tem sido uma aliada: 49% dos entrevistados afirmaram que suas empresas usam sistemas informatizados de relatórios para gerenciar os profissionais remotamente. Além disso, 61% disseram que as companhias adotam o uso de videoconferência para manter o contato visual com os funcionários. Assim, a importância da linguagem corporal continua sendo considerada mesmo em tempos de trabalho remoto.

O estudo foi feito pela empresa internacional de pesquisa MindMetre, que usou o banco de dados global da Regus para entrevistar mais de 26 mil profissionais de nível sênior e empresários de 94 países, incluindo o Brasil.

Na média global, 55% dos entrevistados acreditam que os gestores necessitam receber treinamento para liderar profissionais remotos sem problemas. Esse número é menor na Alemanha (apenas 36%), no Reino Unido (43%) e nos Estados Unidos (49%), por exemplo. Mas outros países emergentes, como México (71%), Índia (70%) e China (59%), também ficaram acima da média global. Como a tendência do trabalho remoto é mais recente nessas regiões, em comparação com os mercados mais desenvolvidos, os gestores ainda estão se adaptando – e, por isso, a necessidade de treinamento é maior.

“O trabalho flexível só traz ganhos para todos os envolvidos quando a equipe de gestão assume o controle do processo. Temos contato frequente com empresários e, por isso, sabemos que a liberdade e a confiança desempenham um papel crucial no gerenciamento à distância. O trabalho remoto tem benefícios muito claros: maior produtividade, maior retenção de talentos e custos operacionais menores", afirma Mark Dixon, CEO mundial da Regus.

De fato, a pesquisa da Regus revela ainda que, para 49% dos entrevistados, o trabalho remoto ajuda os profissionais a se “desligarem” mais rapidamente após o expediente – contribuindo, assim, para o melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Além disso, 53% acreditam que o relacionamento à distância entre gestores e funcionários se mantém em um nível mais profissional.

Para os profissionais mais jovens, o trabalho remoto pode ser especialmente recompensador. Segundo 49% dos entrevistados, profissionais de nível júnior se tornam mais responsáveis ao trabalharem à distância – provavelmente porque precisam desenvolver autonomia para priorizar e se concentrar em suas tarefas. No entanto, 46% acreditam que esses funcionários mais novos progridem menos rapidamente ao se manterem fisicamente afastados de seus gestores.

Entre os brasileiros entrevistados pela pesquisa, 58% hoje trabalham remotamente pelo menos metade da semana. Na média global, esse número é de 48%.

Gerenciamento remoto

Brasil

Média Global

Os gestores precisam de treinamento especial para gerenciar remotamente

61%

55%

Os gestores se preocupam com a forma como os funcionários usam o tempo ao trabalharem remotamente

55%

54%

Profissionais de nível júnior se tornam mais responsáveis ao trabalharem remotamente

49%

37%

Minha empresa usa sistemas informatizados de relatórios para gerenciar os profissionais remotamente

49%

37%

Minha empresa usa videoconferência para se comunicar com profissionais remotos

61%

43%

O trabalho remoto ajuda os profissionais a se “desligarem” mais rapidamente após o expediente

49%

48%

O relacionamento à distância entre gestores e funcionários se mantém em um nível mais profissional.

53%

39%

Funcionários mais novos progridem menos rapidamente ao trabalharem remotamente

46%

68%

Fonte: Brunswick Group

Paula Martins 04-10-2013 Notícias

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