Literatura Infantil

Podemos, inicialmente, dizer que a educação infantil corresponde à educação oferecida para a criança do nascimento até, aproximadamente, os seis anos

Podemos, inicialmente, dizer que a educação infantil corresponde à educação oferecida para a criança do nascimento até, aproximadamente, os seis anos de idade.

Considerada nos dias atuais como indispensável, é ela que vai oferecer os fundamentos para o desenvolvimento da criança em seus diversos aspectos:

  • Físico
  • Psíquico
  • Cognitivo
  • Social

Literatura Infantil e Contação de Histórias

 

A Profª. Maria Oliveira Cortes Educadora, especialista em organização e operação de bibliotecas infantis e contadora de histórias profissional nos ensina "Literatura Infantil e Contação de Histórias ". Este filme pertence a área dos Cursos sobre Educação Infantil do Centro de Produções Técnicas.

Podemos também considerar, de forma mais ampla que a educação é um meio para o desenvolvimento integral do ser humano, para transformações sociais, e é base para a aquisição da autonomia.

Uma característica do início da Educação Infantil é que a criança ainda mantém fortes vínculos familiares. Por isso, nessa fase, a escola terá também a função de buscar um equilíbrio na integração família/escola.

Nessa primeira fase da escolaridade, as crianças buscam ativamente o conhecimento; para elas, brincar é mais importante que a ação mental. É pela brincadeira que ela aprende a conhecer a si própria e o mundo que a cerca. Durante a escolarização, haverá momentos de ação e de concentração, mas o importante é que todas as situações de ensino sejam interessantes para a criança. Essa fase deve priorizar vivências em que a criança amplie seus conhecimentos através da busca e da descoberta, de forma prazerosa, aprendendo a ser confiante e a participar de atividades em grupo.

Por tudo isso, podemos concluir que o trabalho da Educação Infantil deverá ser levado adiante com base na realidade sociocultural da criança, procurando sempre despertar a sua autonomia, criticidade e responsabilidade.

Terá por base o Movimento, a Música, as Artes Visuais, a Matemática, a Linguagens Oral e Escrita, a Natureza e Sociedade, assuntos que devem ser trabalhados constantemente, considerando ainda que as atividades buscarão uma interdisciplinaridade entre estes diversos eixos, apresentados de forma conjunta através de temas principais, utilizando ainda a Pedagogia de Projetos.

 

 

 

 

 


O hábito de leitura

Ter um hábito significa ter uma disposição duradoura, ou seja, ter uma coisa como necessária por muito tempo. Acrescente-se a essa definição que geralmente essa disposição é adquirida pela repetição frequente de um determinado costume.

Partindo dessa definição, vamos considerar que a leitura eventual não é um verdadeiro hábito de leitura. A leitura deve, sim, ter uma presença constante na vida da pessoa.

Considerando ainda que um hábito adquirido, não se nasce com ele, concluímos que é fundamental o incentivo à leitura, para que o hábito seja adquirido pela criança.

Criando o hábito de leitura

Sem um contexto familiar fica muito difícil formar o hábito de ler. Para piorar, sabemos que o homem pode viver sem ler, mas, por outro lado, sabemos também que depois que os sons emitidos pelos seres humanos foram transformados em sinais gráficos, ou seja, escritos, o homem e toda a humanidade se enriqueceram culturalmente, porque estavam criadas as condições para que os conhecimentos adquiridos fossem guardados, acumulados e, principalmente, transmitidos a outros seres humanos e às novas gerações.

Então, podemos concluir, a partir desse fato, que é muito importante para o homem saber ler. E que, para que a humanidade avance, é necessário não apenas decifrar o código escrito, mas, a partir dele, elaborar novos pensamentos.

Como iniciar

Uma primeira regra a estabelecer é que deve ser respeitado o nível de aprendizado de quem está aprendendo a ler, ou seja, de quem está ainda adquirindo o hábito de leitura. Exatamente por isso, os livros são classificados por faixas etárias, que é uma indicação para as diferentes fases da evolução da aquisição da capacidade de leitura. É por isso que existe uma produção específica destinada às crianças, e que recebe o nome de literatura infantil.

O contexto familiar também é de grande importância para a leitura, como já discutimos antes. Pais que têm hábito de leitura podem ter certeza de que os filhos têm grandes chances de se tornarem bons leitores.

Entretanto, essa realidade, de possuir pais leitores, não é verdadeira para a maioria da população. Geralmente, motivos socioeconômicos dificultam o acesso à leitura. Daí a escola ser considerada um local onde a criança pode ser incentivada à leitura, até adquirir esse hábito.

 

 


Pedagogia de projetos

O trabalho por projetos dá um novo significado ao espaço escolar, transformando-o em um espaço vivo de interações, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões. Traz uma nova perspectiva para entendermos o processo de ensino/aprendizagem.

Aprender deixa de ser um simples ato de memorização e ensinar não significa mais repassar conteúdos prontos.

Nessa postura, todo conhecimento é construído em estreita relação com o contexto em que é utilizado, sendo por isso mesmo, impossível separar os aspectos cognitivos, emocionais e sociais do processo.

A formação dos alunos não pode ser pensada apenas como uma atividade intelectual. É um processo global e complexo, no qual conhecer e intervir no real não se encontram dissociados. Aprende-se participando, vivenciando sentimentos, tomando atitudes diante dos fatos, escolhendo procedimentos para atingir determinados objetivos. Ensina-se não só pelas respostas dadas, mas principalmente pelas experiências proporcionadas, pelos problemas criados, pela ação desencadeada. Neste caso, a responsabilidade e a autonomia dos alunos são essenciais. Os alunos são corresponsáveis pelo trabalho e pelas escolhas ao longo do desenvolvimento do projeto.

 

 

 

 

 


Psicanálise dos Contos de Fadas

A poética de Aristóteles

Desde a Antiguidade, o ser humano vem contando histórias, de diferentes formas, em diferentes linguagens. Primeiro, usou a narração oral, o teatro, o texto escrito; nos tempos modernos, o cinema e a televisão, e muitas outras artes, como a pintura e a escultura, que fazem parte das formas da expressão humana. Formas estas de expressão que derivam para diferentes linguagens, mas que, invariavelmente, têm muitas características em comum.

Outro aspecto interessante é que ele define o termo “peripécia”, como o que faz a história andar, e que deve estar presente em qualquer narrativa. Numa história, teríamos inicialmente uma situação de equilíbrio, que, por conta de algum fato relevante, torna-se desequilibrada, exigindo a ação do herói, que vai enfrentar diversas peripécias até que se tenha um desfecho e o restabelecimento do equilíbrio.

A importância da “peripécia” é tão grande na narrativa que muitos estudiosos afirmam que na narrativa clássica o que se tem é um final conhecido pelo leitor/ espectador (ou pelo menos esperado), e que a função do autor é criar peripécias para retardar o desfecho, ou seja, ela é o recheio da história.

Aristóteles também estabelece diversos outros conceitos importantes para o bom andamento de uma história. É o caso do que ele chama de “reconhecimento”, em que ocorre uma passagem “do ignorar para o conhecer”. Por exemplo: ao final da história, as personagens principais descobrem que, na verdade, eram irmãos. Quem nunca viu isso em um livro ou novela? Uma situação que consideramos clichê, mas que, na verdade, faz parte de uma “receita” estabelecida desde os tempos aristotélicos.

Daí em diante, alternam-se as sequências com os ladrões roubando e a polícia a caminho, cada vez mais rápidas e nervosas, até se criar uma situação de suspense em que o espectador se afunde na cadeira de ansiedade, e se pergunte totalmente envolvido: será que a polícia chegará a tempo?

Por esses e muitos outros conceitos, a “Poética” de Aristóteles, apesar de ter se tornado, de certa forma, anacrônica nos detalhes, serviu e ainda serve de guia para autores de todos os tempos, surgindo daí o conceito de “narrativa clássica”, presente nos dias de hoje em novelas e séries da TV, em cinema, gibis e, claro, na maior parte dos livros de ficção.

Ao ler um livro ou ver um filme, pense nisso. Existem técnicas para se criar uma história, o que faz com que a leitura possa ir muito além do que está explícito nas páginas impressas.

 

 

 

 


Os contos de fadas e a psicanálise

Além das características da obra, discutidas anteriormente, considere ainda o conceito de catarse, que é um processo em que a energia utilizada na manutenção da separação de sentimentos e partes de si mesmo é liberada, e causa uma sensação de alívio, que, em geral, é acompanhada de lágrimas e às vezes de risos. Por meio da identificação do leitor com o personagem, o autor envolve-se de tal maneira com o que lê, nos momentos de sofrimento, e depois, quando tudo se resolve, os sentimentos personagem/leitor se confundem (para o leitor).

Essa identificação merece uma análise à luz dos conhecimentos da psicologia. Vamos considerar nesse aspecto os contos de fadas e a reação das crianças, em que o efeito da leitura vai além da catarse. A criança tem problemas psicológicos derivados de seu crescimento. Na linguagem psicanalítica, esses problemas são nomeados como decepções narcisísticas, rivalidades fraternas e dilemas edípicos, os quais precisam ser resolvidos, o que, não necessariamente, ocorre no nível da razão.

Por isso, os contos de fadas têm grande valor, porque oferecem dimensões ao imaginário das crianças que elas não poderiam descobrir sozinhas.

Na estrutura dos contos de fadas, nos momentos de catarse, a criança pode estruturar seus devaneios e dar um novo e melhor direcionamento à sua vida.

 

 

 

Emprego e Renda 14-03-2012 Cursos

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