Biossegurança em odontologia: como definir?

Falar em biossegurança em odontologia significa adotar procedimentos e técnicas adequadas, que sejam realmente capazes de minimizar (para não dizer eliminar) os riscos de...

Biossegurança em odontologia é adotar procedimentos e técnicas capazes de minimizar, eliminar, os riscos de contaminação, direta ou indireta, do paciente e da equipe técnica, no consultório odontológico

Falar em biossegurança em odontologia significa adotar procedimentos e técnicas adequadas, que sejam realmente capazes de minimizar (para não dizer eliminar) os riscos de contaminação, direta ou indireta, tanto do paciente como da equipe técnica, no ambiente de trabalho (consultório odontológico). “Contaminação direta é aquela que ocorre por meio de contato direto com a fonte contaminada, como: lesões, sangue, saliva ou secreções”, afirma Dr.ª Carolina Wolff Schwambach Gomide, professora do Curso a Distância CPT Capacitação de Auxiliar de Consultório Dentário - ACD ou ASB. Já a contaminação indireta ocorre quando o contato com a fonte de contaminação ocorre indiretamente, por meio do contato com materiais contaminados, como uso de instrumental sujo por exemplo.

Em um consultório odontológico, os profissionais podem ficar expostos a uma grande variedade de microrganismos presentes no sangue, na saliva e nas vias aéreas dos pacientes. Para evitar o contato com esses microrganismos e uma eventual contaminação, existem cuidados ou precauções que precisam ser tomados. São eles:

- Lavagem e degermação das mãos;
- Uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual); e
- Adoção de medidas preventivas contra acidentes com material perfurocortante.

Lavagem e degermação das mãos

Lavar bem as mãos, com água e sabão bactericida é um procedimento considerado dos mais eficientes, visando à prevenção contra qualquer tipo de contaminação. Consiste em remover a maioria dos germes ou microrganismos presentes nas mãos, além de células mortas, suor, gorduras e outras sujidades que representam fontes potenciais de contaminação. Esse procedimento deve ser executado nas seguintes ocasiões:
- Antes de iniciar o trabalho e antes de calçar as luvas;
- Após a retirada das luvas;
- Após a troca das máscaras;
- Após um procedimento clínico;
- Depois de concluir a limpeza e desinfecção dos equipamentos e instrumental clínico; e
- Se houver contato com superfícies contaminadas ou com secreções do paciente.

A degermação das mãos se refere a um processo de redução ou remoção de agentes contaminantes das mãos (bactérias), por meio de ação mecânica e química. Trata-se de um procedimento de higiene recomendado para ser aplicado antes das cirurgias, quando o paciente ficará bem mais vulnerável às possibilidades de contaminação. A ação mecânica empregada na degermação das mãos deve ser realizada com a utilização de escovas apropriadas, enquanto a ação química fica por conta de produtos específicos como os degermantes à base de Digluconato de Clorexidina a 2%, e soluções de PVPI (Polivinilpirrolidona-iodo).

Uso de EPIs

São considerados EPIs (equipamentos de proteção individual) dos profissionais do consultório odontológico: luvas, máscaras, óculos, gorro, avental e protetor para os pés.

Adoção de medidas preventivas contra acidentes com material perfurocortante

São considerados materiais perfurocortantes, elementos como: agulhas e lâminas de bisturi que, depois de utilizadas em procedimentos realizados nos pacientes, poderão transmitir doenças por contaminação de vírus ou bactérias, se algum tipo de ferimento for provocado quando estes elementos forem manuseados.

Lembre-se de que esses são materiais descartáveis e jamais poderão ser reutilizados. Após o uso, deverão ser descartados em recipiente apropriado, de paredes rígidas. Adote todos os cuidados necessários para evitar ferimentos com esses materiais potencialmente contaminados.

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Por Silvana Teixeira.