Para alguns adultos, lidar com dinheiro é um bicho-de-sete-cabeças. O segredo é começar cedo, desde criança. Não podemos ter dificuldade ou adiar o momento de tratar deste tema tão importante. Temos que buscar o caminho para transformar os pequenos em adultos mais responsáveis quando o assunto é finanças.
Muitos pais não estão dando conta disso, mas é necessário que assumam este papel de instrução. Neste caso, a escola e a igreja também podem contribuir como conselheiras.
De acordo com Nerina Aires Coelho Marques, professora do curso Finanças na família - administração e controle do CPT Centro de Produções Técnicas, educação financeira começa cedo. Recomenda-se que os adultos apresentem aos filhos moedas e cédulas, mostrando como elas podem ser coloridas.
Entre os 2 e 3 anos de idade, já é possível mostrar as diferenças entre o que é caro e barato. Também se pode ensinar a discernir entre o que se compra por necessidade e por impulso. Esses são alguns dos segredos para ter habilidade financeira. É nessa fase inicial que pais e educadores podem fazer crianças compreenderem que não se deve desperdiçar dinheiro.
Desde cedo é preciso fazer cuidar dos desperdícios, controlar os impulsos de consumo, explicar que tipo de trabalho os pais realizam.
Mostrar a diferença entre as coisas caras e baratas, estimular a participar do orçamento doméstico ou de algum evento melhora a capacidade de planejamento.
Outro item difícil para os pais é o das mesadas. Dê mesada ao seu filho e cuide para que a mesada seja um instrumento de maturidade financeira, é preciso aprender adiar desejos para benefícios futuros. Faça uma relação dos gastos com a mesada, evitando dar dinheiro picado durante o mês.
O ideal é começar com semanadas a partir dos 3 anos e só pular para as mesadas depois dos 10 anos de idade. Quanto ao valor, há uma fórmula simples: R$ 1 por ano de idade por semana. A mesada pode ser um excelente instrumento de amadurecimento, mas, se for mal dosada pelos pais, pode se transformar em uma fonte de conflitos desastrosos.
Deve-se conscientizar que o dinheiro precisa ser gasto de forma ética, honesta e justa. Envolva os avós na educação dos seus filhos. E não estabeleça nenhuma relação da mesada ao cumprimento de tarefas em casa ou ao bom desempenho escolar. O contrário também vale: não se deve cortar a mesada apenas como forma de castigo.
Deixar que os filhos gastem com o que quiserem pode até ser doloroso, mas os pais não têm de se meter no assunto. Eles precisam deixar a criança fazer as próprias escolhas. Aprender a lidar com dinheiro exige tempo e persistência. È até positivo quando os filhos vão à falência algumas vezes. Vai fazer com que se policiem sobre os erros e não os cometam na vida adulta.
Dicas importantes para os chefes de família: