Como conhecer os segredos de seus clientes

O Jornal New York Times exibiu uma reportagem com o seguinte título: “Como companhias aprendem os seus segredos”, que contou como uma família

O Jornal New York Times exibiu uma reportagem com o seguinte título: “Como companhias aprendem os seus segredos”, que contou como uma família americana passou por uma situação inusitada. Eles estavam recebendo frequentes cupons de desconto em sua caixa de correio relativos a roupas de bebês da loja de departamentos Target. O pai dessa família não gostou dessa situação, pelo fato de ter uma filha menor de idade. Segundo ele, propagandas como essa poderiam, de alguma forma, induzir a sua filha a pensar na ideia de ter um filho precocemente. Para a sua surpresa, a menina já estava grávida, e a tal loja que tanto insistia em mandar os anúncios, sabia disso. Pelo simples fato de analisar os comportamentos da jovem, em todos os sistemas informativos, obtiveram essa informação antes mesmo do que os próprios pais. Curioso, não?

Apesar de pensarmos na invasão de privacidade que esse fato sugere, é possível identificarmos como um conjunto de informações bem analisadas podem contribuir para a captação de clientes. Pelo cruzamento de dados existentes sobre alguém, é possível reconhecer suas preferências e trabalhar as vendas. Atribuímos ao setor de Marketing das empresas essa captura por clientes potenciais. Ele é que fica responsável por estudar o cliente e cada vez mais aprimorar o seu atendimento a eles.

Ao passarmos nosso cartão em alguma máquina, ao cedermos nosso cpf a alguma loja, ou até mesmo ao visitarmos um site na internet, é possível coletar informações a nosso respeito que revelem nossas predileções. Com uma série de dados organizados, as empresas detectam o seu público, em alguns casos de maneira personalizada. Por exemplo, uma empresa de vestuários pode não só constatar que você é um potencial cliente da loja, mas também descobrir que você é adepto a uma das marcas que são vendidas na empresa. É bem verdade que são informações íntimas, mas não são mais pessoais, e sim, universais.

De acordo com Katsuê Mírian Ávilla Watanabe, professora do curso Marketing para pequenas empresas, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, as informações estão se espalhando e podem estar certos que as empresas buscarão fazer uso delas em benefício próprio. No entanto, é necessário bolar estratégias para utilizar da maneira adequada essa infinidade de letras e números espalhados. Coletar é uma coisa, organizar esses dados projetando o uso perfeito deles é outra totalmente diferente, que exige perspicácia por parte dos gestores.

Escrito por: Victor Monteiro Lopes