Educação financeira na escola prepara para os desafios da vida adulta

Na escola aprendemos a base de tudo. Todos os conhecimentos que adquirimos durante a vida iniciam-se no período em que frequentamos aulas e somos

Na escola aprendemos a base de tudo. Todos os conhecimentos que adquirimos durante a vida iniciam-se no período em que frequentamos aulas e somos instruídos por professores. Matérias, como história, português, matemática, entre outras, são pilares do nosso saber e fazem parte da construção do nosso intelecto.

No entanto, em meio a tanta informação, existe uma área que poderia ser melhor explorada, a educação financeira. Trata-se de uma vertente de extrema importância para o crescimento pessoal e em nenhum momento ela faz parte da pauta dos professores da escola, sendo vista somente na faculdade.

Na graduação, não são muitos os cursos que contemplam finanças ou matérias relacionadas. Isso indica que muitas pessoas entram para a faculdade, formam-se e não têm ou quase não têm contato com conhecimentos dessa natureza. Saber fazer uso do dinheiro de maneira consciente é um fator chave para o sucesso.

A inclusão de disciplinas que envolvam o melhor uso do dinheiro é plausível nas escolas. É um lado que deve ser melhor desenvolvido nas crianças e adolescentes.

Uma mudança simples como essa, a longo prazo, poderia acarretar uma grande alteração no comportamento financeiro das pessoas. Elas seriam mais prudentes quanto aos gastos e mais conscientes quanto à utilização do capital.

Vivemos em um momento em que os hábitos de consumo estão acelerados. Aliando isso a fatores como o aumento do crédito ao consumidor por parte das instituições financeiras, podemos prever um risco de crescimento do número de pessoas devedoras.

Além de construir uma mentalidade mais evoluída na utilização do capital, o conhecimento em finanças poderia também fomentar desde cedo o espírito empreendedor nas pessoas, de modo que elas já se preparassem previamente para o desafio de investir.

Também é importante associar a ideia do consumo a preservação do meio ambiente. Seria interessante que a preocupação com a natureza fosse incorporada a essa disciplina de educação financeira. Dessa forma, a ideia de sustentabilidade, a valorização pelas práticas responsáveis no ponto de vista socioambiental estaria inerente às pessoas desde a infância.

Segundo Michelle Gomes Lelis, professora do Curso Educação Infantil - Educação Financeira e Empreendedorismo, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, a inclusão da disciplina de educação financeira nas escolas poderia criar uma nova mentalidade, que, entre outras consequências, poderia melhorar também a economia do país.

Com pessoas mais preparadas para enfrentar o mercado financeiro, a tendência seria haver mais acertos nos empreendimentos, o que aqueceria o mercado, aumentaria o PIB do país, geraria mais empregos, os hábitos de consumo seriam mais coerentes com a condição de cada um, seria possível melhorar a saúde, a educação, a infraestrutura do país, entre outros benefícios.

Enfim, claro que não sabemos exatamente o que aconteceria caso houvesse a concretização dessa ideia. Sabemos que nem toda teoria se confirma na prática, mas a educação financeira é importante o suficiente para merecer fazer parte da vida das pessoas. Não só as escolas mas também os pais e a família, em geral, devem procurar estimular esse conhecimento nos jovens e instruí-los da melhor forma possível.

Vamos defender essa ideia e fazer com que as instituições responsáveis atuem no sentido de tornar nossas crianças e jovens mais preparados para o mundo. Só temos a crescer com a implementação desse projeto!

Escrito por: Victor Monteiro Lopes

Victor Monteiro 22-08-2012 Matérias

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