Dinheiro e felicidade

Quando criança, vimos por muitas vezes nossos pais em momentos de estresse por motivos pessoais ou profissionais. Mas o que costumava afetá-los, com

Quando criança, vimos por muitas vezes nossos pais em momentos de estresse por motivos pessoais ou profissionais. Mas o que costumava afetá-los, com maior impacto, eram sempre os problemas financeiros. Quando os recursos estavam escassos, o bom humor e a paciência deles abreviavam-se na mesma proporção.

Desde nossa infância, nós nos perguntamos o quanto esse tal de dinheiro é importante para a nossa vida. A princípio, ele é o agente que nos possibilita comprar um picolé, uma bala ou um chocolate no mercado da esquina. No decorrer da nossa vida, a importância do dinheiro estende-se a outro patamar, o de gerar prazer e qualidade de vida.

Na juventude, enxergamos o capital como um viabilizador da diversão, da compra de roupas da moda e daquele tênis recém-lançado. Podemos até dizer que os gastos estão quase sempre relacionados à nossa vaidade.

Passadas essas fases, adquirimos uma maior maturidade e passamos a cultivar outros valores, outras prioridades. Consideramos o gasto com educação um bom investimento, o que outrora sequer passava pela nossa cabeça. Compramos mais livros, pagamos por mais cursos, palestras e congressos.

Quando atingimos a plenitude da fase adulta, almejamos coisas mais duráveis, como carros, imóveis. Gastamos mais com familiares, como filhos, esposa(o) e pais, pelo simples prazer de proporcionar uma vida melhor a eles.

Repare como as fases são bem definidas e diferenciam-se muito umas das outras. Este é o ciclo da vida e essas mudanças estão dentro da normalidade.

Mas vejamos, de que forma dinheiro e felicidade estão relacionados? Essa correlação é máxima? Óbvio que não. Está mais do que provado que ter dinheiro não é necessariamente um motivo que, por si só, gera felicidade.

Uns têm tanto e vivem infelizes, outros têm só o necessário para viver e, no entanto, transbordam de alegria. Ser rico não é um condicionante obrigatório para a realização completa do ser humano.

Apesar disso, não podemos ser hipócritas, a ponto de dizer que dinheiro não é bom. Dinheiro é muito bom, sim. Ele permite que desfrutemos de coisas incríveis, de experiências quase surreais. Certamente, devemos almejar a conquista de uma boa condição financeira e lutar vigorosamente para a concretização desse objetivo.

Por outro lado, o dinheiro pode desvirtuar as pessoas. Quando providos de muito dinheiro, muitos tendem a deixar para trás alguns valores fundamentais, em virtude da sensação de poder que o dinheiro proporciona. São falhas comuns do ser humano.

Quando temos uma condição boa, é porque fomos abençoados por Deus e a melhor maneira de usarmos devidamente o dinheiro é fazendo o bem. Não somos perfeitos para sabermos a maneira e a medida exata de como fazê-lo, mas sei que por meio das pequenas coisas é possível disseminá-lo. Dê total suporte à sua família, ajude seus amigos e as pessoas que merecem e precisam de uma força. Garanto que o sucesso do próximo será mais um motivo de alegria para você.

Mostre, nas suas atitudes, que você é merecedor da sorte que tem. Seja honesto, justo, humilde. Seja bom. Na vida, além do sucesso financeiro, é preciso buscar a paz interior, a sintonia com Deus e a felicidade plena. Dinheiro é um agente promotor de crescimento, mas sem a companhia de bons princípios, torna-se um fator fútil e vazio. Lembrem-se disso, além da riqueza, procurem a evolução como ser humano!

Escrito por: Victor Monteiro Lopes

Victor Monteiro 22-10-2012 Matérias

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