Workaholic ou worklover?

A expressão americana “workaholic” teve origem na palavra alcoholic (alcoólatra). É usada para designar uma pessoa viciada no trabalho. Ser “workaholic” significa perder a noção do tempo do trabalho, ou seja, é ser um trabalhador compulsivo e dependente deste. Muitas vezes, os “workaholics” levam muito trabalho para casa, abdicando de seu tempo de descanso em prol de afazeres, deixando de lado seu parceiro, filhos, pais e amigos. Isso pode se tornar uma doença, com profundos efeitos colaterais.

Quando trabalhar ultrapassa os limites do equilíbrio, a qualidade de vida tende a cair. Muitos acabam por sofrer efeitos colaterais, como insônia, mau humor, estresse e medo de fracassar que, muitas vezes, podem levar o indivíduo à depressão. Ser um “workaholic” é uma faca de dois gumes.

Por sua vez, o “worklover” trabalha demais e é feliz. Ele é apaixonado pelo trabalho e vive satisfeito com suas realizações, sendo mais aberto ao lidar com as dificuldades que surgem. Este indivíduo trabalha produtivamente por muitas horas do dia, sem perceber o tempo passar, uma vez que essa satisfação se estende à sua vida pessoal, oferecendo o equilíbrio inexistente nos “workaholics”.

Os “worklovers” cuidam do corpo, do espírito e da mente, matérias-primas fundamentais para a realização de um bom trabalho. Além disso, eles têm vida própria: convivem com a família, viajam e fazem programas sociais no fim de semana. O amante do trabalho descobre que deve existir um equilíbrio e certa capacidade de resiliência, que deve ser diretamente associada ao trabalho.

Em empresas cujo ambiente é mais cordial, receptivo e compreensivo, onde os colaboradores são apoiados em suas dificuldades, tendendo a serem mais “worklovers” do que “workaholics”, os resultados são mais produtivos e lucrativos. Este é um desafio pessoal e profissional para ser refletido. Trabalhar para viver ou viver para trabalhar?


Escrito por: Paula Leal de Oliveira Martins

Emprego e Renda 19-04-2013 Matérias

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