Qual é o problema do Brasil?

Nesses últimos dias, estamos vendo que o Brasil está sendo palco de muitas manifestações em diversas cidades. O que inicialmente era uma manifestação devido ao aumento das passagens de ônibus do Rio de Janeiro e de São Paulo evoluiu para uma onda de desejo de mudança no país, refletindo o nível de insatisfação dos brasileiros com o governo.

O anseio de mudança começa desde o voto ético nas urnas (com o fim da cultura do assistencialismo e do interesse individual) até a participação ativa da população nos problemas de cada cidade.

Além do tripé essencial: saúde, educação e segurança (sempre presentes nos discursos dos candidatos), hoje em dia, fica difícil excluir outra modalidade extremamente indispensável: a mobilidade urbana.

Afinal, quais são os reais problemas do nosso país? Uma conclusão já é possível adiantar: precisamos de mais administração no governo.

 Educação

A falta de investimento nas escolas impõe barreiras à mobilidade social, uma vez que, enquanto os ricos podem oferecer aos seus filhos um ensino diferenciado, os estudantes de baixa renda estão fadados a lidar com as adversidades inerentes ao ensino público.

O maior problema da educação brasileira é a gestão da aprendizagem. É a falta de investimento nas escolas, visto que, enquanto os mais ricos podem oferecer aos seus filhos conhecimento de primeiro mundo, estudantes de baixa renda se veem à mercê de uma educação de má qualidade.

De acordo com um levantamento do Instituto Paulo Montenegro, 27% dos brasileiros são analfabetos funcionais, já que grande parte dos alunos passa pela escola e não assimila os conhecimentos fundamentais.

Saúde

25 anos depois do nascimento do SUS, está na hora de aprimorá-lo. O sistema de saúde brasileiro possui um conceito moderno que promete assistência universal com atendimento integral. Enquanto em países ricos – como nos EUA – determinada parte da população sofre com a ausência de um plano de saúde, os brasileiros podem, teoricamente, fazer uso das atividades preventivas com tratamentos mais complexos.

Mas por que teoricamente? Se o SUS é tudo isso, porque ainda presenciamos notícias de mortes nas filas dos hospitais, ou o tempo de espera absurdo para que os pacientes possam realizar exames e procedimentos?

Falta agilidade na saúde brasileira. Boa parte dela é municipalizada, assim, cabe às prefeituras a decisão referente aos recursos provenientes da federação. Esse investimento precisa ser bem dividido para que o SUS possa custear os cuidados com doenças graves, além das despesas básicas.

Segurança

Existem diversas iniciativas que podem partir de políticas públicas municipais. Por muito tempo, a desigualdade social e a miséria foram atribuídas aos assaltos nos grandes centros. Contudo, a violência urbana vem apresentando uma raiz mais profunda, muitas vezes, regadas pelos problemas da cidade.

O brasileiro se acostumou a ver as mortes no noticiário como parte do cotidiano. A violência não é mais um tabu no nosso país.

Para combater essa inércia frente à criminalidade, é preciso educar. Temas como racismo, homofobia e preconceito devem fazer parte de projetos socioeducativos como apoio à população. Atividades de lazer e cursos profissionalizantes também são responsáveis por tirar o jovem das ruas, promovendo renda, inclusão social e principalmente: despertam a proatividade (é ou não é uma grande contribuição que um cidadão pode dar ao nosso país?).

Transporte

Com uma estrutura insuficiente em vias, em calçadas e no transporte público, o modelo brasileiro vive em ameaça de crise, devido à grande quantidade de carros nas ruas, aos ônibus incapazes de atender a todas as necessidades e às linhas de metrô que, quando existentes, são insuficientes.

O grande problema do Brasil está dentro das cidades. Por ser um transporte caro, o brasileiro prefere ter o seu próprio meio de transporte (que atenda às suas necessidades) a fazer uso do transporte público.

Para resolver ou, no mínimo, amenizar o problema, é preciso que os gestores façam um planejamento da cidade. Mesmo tomando tempo, ações simples e pontuais podem gerar grandes resultados. Quando se tem um transporte público eficiente, a população passa a usá-lo. Teoricamente ele é mais rápido e prático (não precisa estacionar). Um país de primeiro mundo não é aquele em que até o pobre compra carro, mas sim um em que até o rico anda de transporte público.

Esses são apenas alguns problemas de gestão no Brasil. Não são ações que mudarão o país do dia para a noite, mas tudo é importante e urgente. O primordial mesmo é começar, com atitudes proativas, envolvendo pessoas, instituições e empresas. Afinal, administrar também é construir, enfrentar obstáculos e transformá-los em ferramentas de solução para a melhoria coletiva.

Para entender mais sobre estratégias de gerenciamento, conheça e adquira o curso “Como Administrar Pequenas Empresas”, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, que aborda técnicas de administração empresarial para o alcance do sucesso.

Escrito por: Paula Leal de Oliveira Martins

 

Emprego e Renda 19-06-2013 Matérias

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