Imagine uma lagarta. Passa grande parte de sua vida no chão, olhando os pássaros, indignada com seu destino e com sua forma. "Sou a mais desprezível das criaturas", pensa.
"Feia, repulsiva, condenada a rastejar pela terra." Um dia, entretanto, a natureza pede que faça um casulo. A lagarta se assusta - jamais fizera um casulo antes.
Pensa que está construindo seu túmulo, e prepara-se para morrer. Embora indignada com a vida que levou até então, reclama novamente com Deus.
"Quando finalmente me acostumei, o Senhor me tira o pouco que tenho."
Desesperada, tranca-se no casulo e aguarda o fim. Alguns dias depois, vê-se transformada numa linda borboleta.
Pode passear pelos céus, e ser admirada pelos homens.
Surpreende-se com o sentido da vida e com os desígnios de Deus.