A água é um componente essencial em nossas vidas. No meio rural, o consumo de água para o atendimento de necessidades básicas por pessoa pode variar entre 30 e 200 litros. Nas cidades, o consumo pode chegar a 350 litros.
Quando se fala no consumo de água pelos animais domésticos, esse cálculo varia de acordo com a espécie. Na bovinocultura leiteria, por exemplo, uma vaca pode consumir entre 40 e 120 litros.
Manancial é qualquer local que contém água que possa ser retirada para atender as mais diversas necessidades.
Os mananciais podem ser de água superficial, como córregos, rios e lagos ou subterrâneos, como minas, lençóis freáticos e lençóis artesianos.
A escolha de um manancial deve ser feito baseado em dois aspectos: os qualitativos e os quantitativos. O primeiro é referente à turbidez, cor, odor, sabor, pH. O segundo refere-se à disponibilidade ou vazão da água durante o ano.
A água subterrânea pode ser captada do lençol freático ou lençol confinado. O lençol freático repousa sobre a primeira camada impermeável do solo e quando aflora dá origem às minas.
Os lençóis semi-artesianos estão localizados mais profundamente na terra, cerca de 20 e 30 metros. Para retirar água desses locais é preciso utilizar sondas especiais e retirar maior volume de água.
No caso das minas, a água deve ser captada em sistema fechado para preservar a sua qualidade original. Outra maneira de captação é por meio dos poços rasos, conhecidos popularmente como cisterna.
No caso dos poços artesianos, a profundidade pode atingir mais de 100 metros. A obtenção de água nesses casos é muito elevada, podendo o poço, em alguns locais, devido a forte pressão, jorrar água espontaneamente.
Esse tipo de manancial é o mais utilizado no Brasil, pois, normalmente, atende com maior segurança ao critério quantitativo. É mais fácil e econômico obter a quantidade necessária de uma água em fonte superficial do que nas subterrâneas.
É preciso ter muito cuidado com esse tipo de manancial, pois oferece maior risco de contaminação pelo fato de estar mais exposto aos principais poluentes do meio ambiente.
A água pode ser utilizada pelo homem quando apresenta diversos atributos que garantam condição real de saúde para o homem.
Para a água ser considerada potável é preciso que ela tenha um conjunto de características.
A água destinada aos animais domésticos deve possuir as mesmas características que a utilizada por nós.
A cor da água vem da combinação de restos vegetais, animais e minerais. Quando a cor da água for causada por essas substâncias, ela é considerada verdadeira. Quando a cor da água for afetada por partículas em suspensão, sua cor é considerada aparente.
Geralmente, a cor da água não apresenta riscos para a nossa saúde.
Turbidez é o grau de interferência de passagem de luz na água. Isso não apresenta inconvenientes diretos, porém é esteticamente desagradável e ocorre devido às partículas em suspensão existentes na água.
Os significados sanitários da turbidez são:
Sabor: combinação entre gosto e odor. A água combina uma quantidade de substâncias que pode produzir compostos de sabores e odores desagradáveis.
O sabor e o odor da água não trazem riscos à saúde, mas pode fazer com que as pessoas questionem a sua qualidade.
A qualidade de água usada na agroindústria deve apresentar características, como baixo grau de dureza, turbidez, cor, sais dissolvidos e outros.
Antes de selecionar um manancial de água, primeiro é preciso analisar todos os riscos e fatores ambientais da fonte. O segundo passo é, dependo do tipo de tratamento, submeter a água a exames físico-químicos e bacteriológicos.
Os objetivos do tratamento da água podem ser agrupados da seguinte maneira:
A coleta de água para exames bacteriológicos deve ser criteriosa. As primeiras porções de água de canalizações devem ser desprezadas. Depois de flambada a boca da torneira, a água deve fluir naturalmente e a coleta ser feita com rapidez.
Para águas superficiais, a coleta deve ser feita distante da margem e abaixo da superfície, algo em torno de 15 cm.
No caso da água clorada é preciso que se neutralize o cloro presente. Normalmente, o laboratório oferece o frasco apropriado.
Quando a coleta for feita na nascente, basta abrir o frasco e colher rapidamente a amostra.
As amostras enviadas para análise devem ser devidamente identificadas com as seguintes informações: procedência, remetente, natureza da amostra, local e data da coleta.
Os poços freáticos devem ser desinfetados após construção, reformas ou manutenção, com produtos a base de cloro e em dosagens recomendadas.
O custo inicial de um poço raso é elevado para as famílias de menor poder aquisitivo e, por isso, muitas dessas recomendações não podem ser implementadas. Por esse motivo, muitos poços se tornam ameaça de contaminação. Uma saída de emergência é aplicação diária de cloro nas águas desses poços medida de difícil aceitação.
As águas superficiais são mais fáceis de ser contaminadas e, por isso, devem passar por um tratamento mais rigoroso.
A fonte deve possuir proteção adequada, ou seja, presença de matas protetoras das nascentes. No caso em que as nascentes estão dentro da propriedade,a água apresenta melhor qualidade.
A condução da água até o local de tratamento por meio de canais a céu aberto deve ser evitada. Isso deve ocorrer por meio de canalizações fechadas com caixas de passagem instaladas ao longo da tubulação.
Para se tratar água de poços artesianos é recomendado fazer cloração por sistema de gotejamento. O uso de dosadores por gotejamento é uma ótima opção, pois permite que a cloração seja realizada só quando houver bombeamento de água.
As águas captadas diretamente do lençol freático geralmente possuem baixo índice de impurezas e, por esse motivo, o processo de clarificação é dispensado.
A cloração pode ser feita manualmente e direto dentro do reservatório ou por meio do clorador por difusão. Coloque a quantidade recomendada de produtos a base de cloro dentro do reservatório minutos antes de enchê-lo.
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