Flores que encantam

Muitas plantas começam a florescer com a chegada da Primavera. É um período bastante colorido e perfumado. As flores mostram toda sua beleza,

Muitas plantas começam a florescer com a chegada da Primavera. É um período bastante colorido e perfumado. As flores mostram toda sua beleza, deixando os jardins mais alegres. Para ter essa exuberância em sua casa, saiba como tratar a vegetação adequadamente.

O que fazer e não fazer (nas plantas em geral)

Durante a Primavera, as regas podem ser reduzidas, já que, na maior parte do país, as chuvas começam a se intensificar. Elas devem ser feitas no período da manhã, já que o metabolismo das plantas se encontra no auge. As podas são proibidas, pois muitas espécies estão florindo ou emitindo brotações. Enquanto a adubação é recomendada, afinal a vegetação está em pleno desenvolvimento e, por isso, necessita de mais nutrientes, aproveitando bem o adubo fornecido. Para facilitar esse processo de absorção, o revolvimento do solo é importante. Plantio e replantio também podem ser realizados.

A orquídea, planta sobre a qual falaremos especificamente, é uma flor que nos encanta o ano todo, e se destaca por suas singularidades.

O mês do apogeu do florescimento das orquídeas é Maio. A maioria das espécies produz flores somente uma vez por ano e cada florescência tem em média dez dias. Para compensar tão pouco tempo de exibição natural, a flor revela formas e cores surpreendentes, que vão do tradicional lilás até tons artificiais, como o laranja. Esta variedade de formas e cores deve-se, em grande parte, a experiências biológicas.

Abandonada no passado, no recesso e na solidão das selvas, a orquídeia, desconhecida dos jardins burgueses, que viveu muitos anos nos hortos botânicos, onde recebia a esmola de uma visita, conquistou um lugar nobre em nossa sociedade.

 

 

 

 


Orquídeas

Pesquisas indicam que a cultura das orquídeas começou no extremo oriente, sobretudo no Japão e na China, há cerca de 3.000 a 4.000 anos.

Entretanto, não se sabe exatamente quando ela passou a ser cultivada pelo homem. A primeira referência direta à orquídea encontrada foi feita pelo imperador chinês Sheng Nung, ao dar alguns conselhos sobre o uso do Dendobrium com finalidade medicinal.

As orquídeas constituem, com suas mais de 25 mil espécies registradas até o momento, uma das maiores e mais evoluídas famílias do Reino Vegetal, possibilitando ainda a formação de inúmeros híbridos, por meio de cruzamentos ocorridos na natureza, bem como realizados de forma artificial pela mão humana.

Elas vegetam nos mais diversos ambientes, desde regiões frias a quentes; de secas a muito úmidas; de elevadas até baixas altitudes. Existem em maior número de espécies nas regiões tropicais e subtropicais, em altitudes não superiores a 2 mil metros. Muitas orquídeas, principalmente as que vivem nas regiões frias ou temperadas, crescem no solo, sendo chamadas de terrestres.

Muitos começaram a estudá-las, cultivá-las com sucesso, cruzando-as em busca de cores e formas novas, reproduzindo o que jamais ninguém poderia ter contemplado na natureza. Emoções sem fim sacudiram os nervos desses intrépidos pioneiros nos seus mais íntimos sentimentos.

Hoje, as exóticas, as bizarras e as deslumbrantes formas de flores, que enebriam seus possuidores, encontraram toda a poesia do mundo vegetal, com toda a graça e pujança da natureza.

Com o cultivo das orquídeas foi conquistado o que jamais ninguém poderia ter contemplado na natureza. Diferente do que se pensa o cultivo de orquídeas não é complicado e sim trabalhoso, principalmente quando há aumento repentino no número de plantas, pois quanto maior o número de plantas, maiores os cuidados requeridos.

O primeiro passo para se cultivar orquídeas com sucesso, é a identificação do gênero ou espécie e o conhecimento minucioso de seu habitat de origem, para conhecer suas necessidades naturais em seu meio.

 

 

 


Classificação

A classificação das orquídeas é um ponto importante e fundamental não só do ponto de vista dos estudos, mas também para seu cultivo. É através da classificação que seu modo de cultivo é determinado.

A família das orquídeas é muito rica e foi preciso dividi-la e subdividi-la para faciltar a identificação. As orquídeas representam nada menos do que 7% de todas as plantas do nosso planeta.

É importante conhecer a classificação das orquídeas dentro do Reino Vegetal, por isso as plantas foram classificadas em famílias, diferenciadas umas das outras pela estrutura de suas flores, hastes, folhas e raízes.

Foi Rudolf Schlechter o autor da sistemática mais usada na sua classificação, onde são adotadas principlamente as partes anatômicas da flor.

Assim a enorme família das Orchidaceae é dividida em: 2 subfamílias, 2 divisões, 5 tribos, 2 séries, 2 subséries, 85 subtribos, mais de 2.500 gêneros e cerca de 35.000 espécies.

A primeira subfamília: as Diandrae, compreendem as espécies com duas anteras férteis e é composta de duas tribos: as Cipripediloideaee asApostasioideae. Elas congregam os gêneros com as plantas sem caule e com flores, com labelo, em forma de “sapatinhos”.

A segunda subfamília, as Monandrae, agrupa os gêneros de todas as demais orquídeas.

Suas espécies têm apenas uma antera fértil. Elas reúnem duas divisões: as Basitonae e asAcrotonae.

As Basitonae agrupam as espécies com antera persistente, coluna curta e formam uma só tribo, a Ophrydoidae, e oito subtribos de plantas terrestres, herbáceas, que perdem as folhas e caules na época do repouso hibernal, conservando somente as raízes tuberosas.

As Acrotonae, onde estão reunidas todas as demais orquídeas, tem como característica principal a antera caduca, ou seja, ao remover-se as polínias, desprendem também a cápsula oval, onde se esconde a antera.

Pela consistência das polínias, esta divisão é formada por duas tribos: as Polychondreaee as Kerosphaerease.

A tribo Polychondreae, tem polínias de consistência granulosa, facilmente divisíveis, e possuem 23 subtribos (poucas espécies ornamentais, entre elas: as Cleites, as Vanillas e as Sobrálias). A maioria das orquídeas dessas subtribos são ervas terrestres, raramente epífitas, não possuem pseudobulbos, nem folhas carnosas.

A tribo Kerosphaereae, tem as polínias com consistência cartilaginosa ou cerosa, sem granulação, e congregam, com exceção dos Paphiopediluns e das Sobrálias, a totalidade das orquídeas cultivadas, onde também aparecem numerosas espécies sem pseudobulbos.

E assim, continua a classificação sendo as tribos divididas em séries e sudivididas em subséries. Após as subtribos, aparecem os gêneros, que agrupam as espécies.

 

 


Nomenclatura

De acordo com as regras de nomenclatura botânica, o nome da família deve ser escrito em latim: Orchidaceae (derivado do grego Orchis).

O termo Orchis, que significa testículos, foi usado pela primeira vez por Theophrastus (c.372 – 287 a.C), filósofo grego, discípulo de Aristóteles. Theophrastus comparou as raízes tuberosas de algumas orquídeas mediterrâneas com os testículos humanos. Por este motivo, desde a Idade Média, propriedades afrodisíacas são atribuídas às orquídeas.

Com a nomenclatura das plantas, pode-se distinguir entre gênero (principal subdivisão de uma família e é formado por um número limitado de espécies intimamente relacionadas, ou de uma única espécie; é desgnado por um nome em latim ou latinizado no singular com letra maiúscula, se for natural, ou com letra maiúscula se for híbrida, concordando gramaticalmente com o nome do gênero; deve ser grafado em itálico), espécie (é a classificação biológica fundamental, compreendendo uma subdivisão de um gênero e consistindo de um número de plantas, todas tendo um alto grau de similaridade, uma espécie é o segundo nome com letra minúscula em um binômio.

Os nomes das espécies híbridas são escritos com letra maiúscula, não latinizados, para diferenciar das espécies naturais) e híbrido. Os nomes cinetíficos são muito difíceis de se decorar por serem derivados do latim e do grego. Entretanto, sõ amuito importantes porque podem ser reconhecidos em qualquer lugar do mundo e isso facilita bastante o estudo e a troca de informações.

Quando se escreve o nome da Cattleya labiata Lindley, o primeiro nome grafado, Cattleya, com a primeira letra maiúscula, refere-se ao nome do gênero. O segundonome corresponde à espécie, ou seja, labiata, convencionalmente grafado todo em letras minúsculas. O terceiro nome, Lindley, é sempre o nome do botânico classificador da planta.

Outro procedimento importante é a etiquetagem das plantas. A identificação adequada com etiquetas ou placas com números, evita uma série de aborrecimentos ao orquidófilo que tem muitas plantas em sua coleção. Sem a etiqueta de identificação seria muito difícil saber todos os detalhes da planta após algum tempo. Visualmente, é possível saber identificar o gênero de uma planta ou até mesmo a espécie.

Entretanto, quando se é necessário identificar  a variedade e o clone, a coisa começa a se complicar. Por isso, a plaqueta de identificação e o registro das plantas em um caderno ou livro é um trabalho bastante necessário, que ajuda na organização de uma coleção.

 

 

 

 


Dicas sobre defensivos caseiros

Você conhecerá alguns defensivos caseiros apropriados para serem aplicados em orquídeas.

Contra caracóis, lesmas e tatuzinhos

  • Usar isca de mandioca ou chuchu fatiados, que devem ser colocados nos vasos.
  • À noite, com o uso de lanterna, coletar os indesejáveis.

Contra formigas

As formigas são as transportadoras das cochonillas de um vaso para o outro.

Elas não fazem mal às plantas. Somente se alimentam do açúcar produzido pelos seus brotos.

Para combatê-las, espalha-se, sobre o substrato, um pouco de alho e pimenta vermelha, torrada e moída.

Contra as cochonilhas

Com uma escova dental macia, escova-se a planta atacada, com sabão de coco. Lava-se, a seguir, a planta em água corrente.

Se for necessário usar um inseticida, aplicar um óleo miscível, para que o produto entre pela sua carapaça cerosa.

 

Contra fungos

As plantas muito atacadas, inclusive seus substratos, devem ser queimados.

Se o ataque for grande em uma folha, ela também deve ser eliminada.

Para ataques menores, deve-se pincelar a folha na frente e verso, no local atingido, com calda bordalesa, que é a seguinte solução:

  • 1 quilo de sulfato de cobre
  • 1 quilo de cal virgem queimada
  • 100 litros de água

Com poucas plantas, faz-se a solução proporcionalmente.

 

 

Emprego e Renda 13-03-2012 Cursos

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