O mau chefe é um desperdiçador de talentos e recursos

Já se passaram três horas desde o final do expediente, e a equipe toda ainda está lá, debruçada sobre seu trabalho. Poderia ser um ótimo sinal, se as

Já se passaram três horas desde o final do expediente, e a equipe toda ainda está lá, debruçada sobre seu trabalho. Poderia ser um ótimo sinal, se as pessoas estivessem fazendo alguma coisa realmente útil e, sobretudo, estivessem motivadas para isso. Mas não é assim. A equipe não está entendendo o que pode resultar de bom de todo esse trabalho extra. Ninguém sabe porque as tarefas não foram pedidas antes, ou porque não poderiam ficar para o dia seguinte.

Ninguém espera, também, que o esforço a mais possa gerar algum ganho material, mesmo indireto e em longo prazo, ou pelo menos venha trazer um elogio. Estão todos lá, cansados e de mau humor, por uma única razão: o chefe mandou.

Cuidado com ele. É o mau chefe, figura mais comum do que se pensa. Por conta de sua ação daninha, a empresa perde dinheiro, não atrai nem mantém talentos e desperdiça oportunidades. O pior é que seu caráter nocivo muitas vezes não aparece, ou não é facilmente percebido.

Aos olhos dos superiores, o mau chefe pode parecer um profissional competente, esforçado, exigente, gerador de resultados e porção de outras coisas, todas boas. Por isso, frequentemente, não é identificado e pode passar anos causando todo o tipo de prejuízos para a organização.

“O meu chefe é tão egocêntrico que não consegue capitalizar prejuízos que causa à empresa”, afirma o diretor de planejamento de uma empresa. “E por ser também um ditador, dificilmente, alguém que tem coragem de questionar suas atitudes. Mesmo que faça um mau negócio”.

• No ambiente competitivo que impera atualmente dentro de todas as empresas, aqui e em qualquer lugar do mundo, que organização se pode dar ao luxo de ter em cargos de chefia pessoas que estão mais preocupadas consigo mesmas?
• Que nada fazem para incentivar a integração da equipe?
• Que não são capazes de colocar os interesses da equipe acima dos próprios?

Antigamente, se podia conviver com suas falhas porque as próprias estruturas das empresas praticamente impediam que as pessoas participassem e tomassem decisões.

No passado, alguns pensavam e muitos obedeciam. Hoje é necessário que todos usem seus cérebros para dar respostas rápidas às mudanças ambientais levando a adaptação contínua da empresa ao seu ambiente.

Hoje em dia, o chefe não pode ser julgado só pelos resultados do seu departamento, ou pela boa impressão que causa no superiores. Até porque, perante os superiores, qualquer mau chefe se transforma no cordeirinho motivador e justo.

O que é preciso ver é como andam as coisas embaixo do chefe. Ao examinar a situação por este ângulo, muitas vezes, verifica-se que os resultados poderiam ser muito melhores, que novos talentos estariam emergindo, que pessoas estariam crescendo em seus cargos.

Você vai verificar, no mínimo, que os funcionários estariam trabalhando mais felizes e, consequentemente, produzindo mais. Neste exato momento ele pode, além de tudo, impedir que ocorram mudanças fundamentais na sua empresa, que possa garantir seu sucesso no mercado competitivo.