Curso Como Falar em Público - Qual é o seu público?

É fundamental que se tenha o máximo de conhecimento sobre o público para quem vai ser dirigida a mensagem. Deve se considerar o nível sócio-cultural, as informações locais, a idade, a escolaridade; se é feminino ou masculino, a linha de pensamento, o conhecimento do assunto, os costumes, o ambiente, as condições do local e outras informações que possam ser úteis para melhorar a apresentação.

O discurso deve ser preparado de forma que seja atendida a expectativa de seu público. A mensagem para uma plateia mais técnica pode ser recheada de termos técnicos mas não deve ser usada para o público que não tem domínio sobre determinadas técnicas ou jargões profissionais ou intelectuais.

a) Infantil

Em princípio, não deve ser subestimado, porque a facilidade de informações hoje é muito grande. Mas devem ser observadas as características próprias das crianças e a sua cultura. A linguagem deve ser usada na forma mais concreta, usando audiovisuais interessantes e objetos. Usar histórias com metáforas é, provavelmente, a melhor forma de manter as crianças atentas. As apresentações devem ser curtas porque é difícil mantê-las “ligadas” por muito tempo.

Para este trabalho, pode-se considerar criança aquela com idade entre 10 e 12 anos, levando em conta a série de fatores citados. O uso de gírias e palavrões deve ser evitado, por não ser educativo e pode causar constrangimento à plateia e ser julgado vulgar.

b) Jovem

A mudança dos jovens é muito acentuada e rápida e eles não gostam de ser tratados como crianças e nem comparados aos adultos. Mas, também não gostam de ser caracterizados grotescamente pelo orador. Muitos oradores, ao falar para um público jovem, acham que agradam quando usam e até abusam de gírias e maneirismos da linguagem considerada jovem. Quem acaba no ridículo é o palestrante.

Os jovens gostam de ter sua identidade própria. É importante conhecê-los bem, respeitar seus princípios, valorizar suas ideias. Eles têm tendência a gostar de pessoas de espírito jovem, de linguagem simples, sem imitar a deles; de pessoas dinâmicas e entusiasmadas; de pessoas vitoriosas; de pessoas que são exemplos de integridade e de ética.

 
c) Adultos

Estes, teoricamente, são um público preparado para ouvir e entender. Mas, nem todo público adulto é amadurecido, pode-se, assim, correr o risco de enfrentar uma plateia com pessoas imaturas e despreparadas. Se houver tempo, é bom analisar as pessoas presentes pelos gestos, pelas falas, pelo modo de vestir, pela média de idade, pois, com essas informações, é possível traçar um perfil razoável do público para ajudar na forma do encaminhamento das mensagens.

Por exemplo, se for constituído por adultos da terceira idade, fatos que falam do futuro não encontrarão muita aceitação. Melhor os fatos do momento, de agora.

 
d) Feminino

O orador que falar para as mulheres usando os mesmos valores sócio-econômicos de 10 a 20 anos atrás corre sérios riscos de não encontrar eco para suas palavras.

A mulher de hoje quer ouvir falar de tudo que se fala para os homens e muito mais. No entanto, continuam mulheres, graças a Deus, com a sensibilidade mais aflorada, com gostos mais apurados pela poesia, pelo toque romântico e pelo enfoque emocional mais evidente.

Mesmo falando de assunto de negócios, as mulheres gostam que o vocabulário seja mais brando e de serem mais elogiadas. Devemos nos dirigir a todas as pessoas com afeto, com amor. Com as mulheres, principalmente, não se deve economizar estes sentimentos. Mas, nunca tratá-las como elemento frágil e deve-se evitar referências à vida do lar.

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