O candidato também deve entrevistar a empresa que quer contratá-lo

Assim como na engenharia reversa, que consiste em desmontar uma máquina para descobrir como ela funciona, antes de aceitar uma proposta de emprego é preciso fazer uma análise para saber como a empresa funciona.

Uma pesquisa recente da consultoria de recrutamento Robert Walters, no Brasil, indicou que 40% dos entrevistados afirmaram dedicar menos de 30 minutos para se informar mais sobre a vaga que disputam. De acordo com o estudo, feito com 2.500 profissionais em diferentes países, 74% dos irlandeses e 55% dos britânicos levam mais de duas horas na busca por informações a cada entrevista.

Existem muitos casos de bons profissionais que saem de empregos estáveis e seguros, atraídos pela proposta de ganhar melhores salários ou promessas de ascensão meteórica e, meses depois, descobrem que entraram em uma grande furada. Infelizmente há empresas "aventureiras" que costumam recrutar gente de primeira apenas para aproveitar sua expertise por alguns meses e depois  dispensá-lo sem direito a quase nada do que foi prometido.

Fique atento! Depois da última entrevista seleção, logo após receber a proposta de trabalho, faça você uma entrevista com o futuro chefe. Procure descobrir há quanto tempo trabalham os funcionários mais antigos, se não houver ninguém com mais de 3 ou 4 anos de casa, é um sinal de alerta. Tente saber o perfil de quem tem dado certo, como é a cultura da empresa, os benefícios que eles oferecem, quem são os clientes, qual é o histórico dessa empresa e sua reputação no mercado.

Munido de todas essas informações, é muito difícil o candidato ser enganado na hora de aceitar um convite de emprego. Além disso, preste muita atenção no contrato que irá assinar. Leia e releia as exigências da empresa e faça as suas também, se necessário. Tem muita gente precisando de emprego, querendo crescer profissionalmente, mas também muita gente despreparada no mercado. É preciso tomar cuidado com promessas irrealistas.

Eduardo Ferraz é consultor em Gestão de Pessoas há 21 anos e especialista em treinamentos usando como base a Neurociência comportamental.


Victor Monteiro 04-12-2012 Artigos

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