Entrevista com Pierantônio Sedo sobre limpeza e geração de renda

Entrevista com Pierantônio Sedo, membro do Conselho do SEAC/SP (Sindicato das Empresas de Anseio e Conservação no Estado de São Paulo).

Entrevista com Pierantônio Sedo, membro do Conselho do SEAC/SP (Sindicato das Empresas de Anseio e Conservação no Estado de São Paulo).

E&R: Qual a atuação e a importância do SEAC/SP para o setor?

P.S.: Do ponto de vista patronal, o sindicato se preocupa muito com a relação entre as empresas e o sindicato dos empregados (Siemaco). Por exemplo, nesse momento existem ações conjuntas entre as duas entidades como é caso do Programa de Educação Continuada. O Programa tem como objetivo elevar o grau de escolaridade dos trabalhadores do setor, complementando seus conhecimentos no Ensino Fundamental. Para 2006, teremos também turmas de Ensino Básico (5º a 8º série). Essa qualificação não atinge somente a vida profissional, mas abrange um leque muito mais amplo que envolve o trabalhador como pessoa. Com a educação você pode mudar as pessoas, pois elas passam a ter oportunidade de refletir, decidir e absorver conhecimento pela leitura.

E&R: Qual o perfil das empresas que atuam no ramo da limpeza?
P.S.: A variedade é imensa. Existem empresas constituídas há poucos anos e outras que já são extremamente conhecidas – com mais de 40 anos de existência. O tamanho delas também varia muito. Existem algumas empresas com algumas dezenas de funcionários e outras com milhares. Evidentemente, o tamanho, não necessariamente, representa a qualificação técnica de uma empresa. Os pequenos empreendimentos têm o seu nicho de mercado, suas oportunidades e, é clássico, que as empresas de grande porte também se dediquem a atividades na área pública.

E&R: Como está o mercado?
P.S.: Uma coisa preocupa muito: a quantidade de impostos sobre nossas empresas é algo astronômico – Cofins, PIS, ISS, além das contribuições do INSS – pois a especialização que a empresa terceirizada oferece tem que ser remunerada, mas com esse volume de impostos essa tarefa fica mais difícil, afinal, é preciso nos empenhar para ser mais competitivos. O SEAC/SP tem como prática estabelecer relações com o governo, no sentido de desenvolver mecanismos para reduzir esses impostos, mas o sucesso ainda tem sido limitado. Certamente se a carga tributária não fosse tão grande, o mercado estaria muito mais favorável. O crescimento acontece a partir do momento que você tem empresas novas no mercado. Quando elas passam a existir, é natural que haja novos postos de trabalho para a área de limpeza. Outra coisa é que empresas que ainda têm pessoal próprio em certas atividades passam a enxergar as vantagens da terceirização, pois, assim, terão especialização e muito menos aborrecimento no trato com os funcionários. O mercado como todo é extremamente amplo e competitivo.

E&R: Quais são as novidades do setor? Há ainda um mercado não explorado?
P.S.: Acredito que as empresas de limpeza já desenvolveram bem todas as indústrias, condomínios residenciais. Evidentemente, sempre existem nichos que podem ser desenvolvidos por cada empresa. No final de cada ano, há uma importante feira do setor – Higiexpo – onde são apresentadas todas as novidades, além de equipamentos profissionais. É um momento oportuno, pois fabricantes nacionais e estrangeiros estão presentes em um mesmo espaço em que é possível ver os produtos, equipamentos, materiais e acessórios. Dessa maneira, você pode perceber como as coisas evoluíram de um ano para o outro e avaliar as possibilidades de introduzir as novidades.

Emprego e Renda 28-03-2012 Entrevistas

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