Como maximizar a ocupação da área agricultável em pequenas empresas rurais

Para aproveitar a estrutura de produção ao máximo, cada centímetro quadrado de terra em condições de ser explorada na propriedade é ser importante.

Para aproveitar a estrutura de produção existente ao máximo, cada centímetro quadrado de terra em condições de ser explorada na propriedade passa a ser importante.

O foco na atividade em pequenas empresas rurais foi o tema do módulo anterior do nosso curso, sendo importante para vivenciar cada detalhe do trabalho, manter-se informado, relacionar-se com as pessoas do meio, estar atento às novidades tecnológicas e mercadológicas e olhar o negócio com muita atenção sempre.

Mais uma vez, é importante destacar as profundas alterações ocorridas na agropecuária brasileira ao longo da década de 1990; e na primeira década do século XXI. A partir de 1994, as terras, em todo o país, em geral, passaram por uma grande desvalorização, logo após a estabilização da moeda, quando o estado finalmente conseguiu controlar a inflação.

Em vez de ter a terra como reserva de valor, que protegia da inflação e permitia especulação quanto a seu valor, o empresário rural teve de voltar sua atenção para a produtividade. Qualquer fazenda passou a valer mais pelo potencial que tinha de produzir bezerros e bois gordos, soja, cana-de-açúcar, café ou hortaliças.

A valorização da terra tornou-se consequência desse processo.

Intensificação e uso da terra

A forma de mudar a realidade de uma agropecuária ineficiente e pouco rentável foi intensificar a produção, reduzir custos, melhorar a qualidade e conquistar novos mercados. A intensificação passou por adoção de tecnologias mais avançadas, aumento da eficiência da mão-de-obra e uma ocupação mais racional do solo.

Para aproveitar a estrutura de produção existente ao máximo, cada centímetro quadrado de terra em condições de ser explorada na propriedade passou a ser importante.

Atenção às questões ambientais

Todos os dias ouvimos dizer que o desmatamento é um grande problema ambiental, que desaloja a fauna silvestre e elimina a vegetação natural. Seja para obtenção de madeira, seja para ocupação de terras para atividades agropecuárias, o corte indiscriminado de florestas tem-se tornado notícia frequente e mobilizado ambientalistas. Particularmente, esse é um problema dos produtores rurais, criticados, nem sempre de forma justa, por parte de eventuais problemas ambientais existentes.

A Mata Atlântica, é um caso importante a ser analisado, quando discutimos a ocupação do solo. Ela é um bioma, ou seja, um conjunto de seres vivos que dependem uns dos outros para sobrevivência, e se estende ao longo da costa do Oceano Atlântico, e por algumas centenas de quilômetros para o interior do país.

Possui florestas tão exuberantes quanto a Amazônica, e foi o ambiente mais explorado durante toda a história do Brasil. Ainda hoje é o ambiente que mais sofre as pressões do desenvolvimento econômico, pois se localiza em regiões onde estão as maiores e mais industrializadas cidades brasileiras e onde se desenvolve boa parte das atividades de agricultura e pecuária intensivas do país, nas quais, como discutimos anteriormente, é de grande importância ocupar ao máximo toda a área agricultável disponível.

Mas não seria este um dilema para o agricultor? Afinal, com a destruição definitiva das matas, os próprios filhos dos produtores rurais não poderiam conhecer uma floresta. A beleza, o "poder de fascinação" da floresta, a admiração causada pela complexidade e variedade de interligações, entre diferentes formas de vida presentes no planeta, são bons motivos para se pensar em preservar diferentes biomas.

As florestas e demais biomas encontrados em todo o mundo participam diretamente da manutenção dos grandes ciclos ambientais do nosso planeta, como o ciclo da água, dos climas e o ciclo dos nutrientes do solo. Elas também colaboram diretamente com o ser humano, tendo gerado produtos alimentares, farmacêuticos e de uso industrial derivados da fauna e da flora, que contribuem ou, ainda, poderão contribuir, ainda mais, para a qualidade da vida humana.

Para produzir, o produtor rural precisa de terra, mas é importante destacar que a sustentabilidade do empreendimento depende diretamente da conservação dos recursos naturais e que existe uma legislação específica sobre o assunto (tema que estudaremos mais adiante).

Continue acompanhando as próximas publicações:

-Novas tecnologias em pequenas empresas rurais

Paula Martins 08-08-2013 Cursos

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