Marketing ambiental, quando aplicá-lo em sua empresa?

A preocupação das pessoas com o meio ambiente aumenta a cada dia. O tema sustentabilidade está presente nas conversas casuais, nos congressos, nos

A preocupação das pessoas com o meio ambiente aumenta a cada dia. O tema sustentabilidade está presente nas conversas casuais, nos congressos, nos debates e em muitos veículos de comunicação. Diante disso, perguntamos, qual é a relação desse assunto com o meio empresarial?

A resposta é simples. As empresas estão preocupadas com o que seus clientes pensam. E tudo que cause repercussão deve ser levado em consideração pelo setor de marketing da empresa. Esse é o setor responsável por adequar a empresa, seus serviços e produtos ao “gosto” do cliente.

O marketing ambiental consiste na adesão de práticas que contribuem com a sustentabilidade, visando agregar valor perante o cliente. Passar uma imagem de responsabilidade com a natureza pode captar novos clientes e fortificar laços com os antigos. Mas até que ponto?

Toda estratégia, antes de ser implementada, deve ter seus custos e benefícios calculados. Apesar do aumento do interesse das pessoas por esse assunto, muitas ainda não levam em conta se o produto consumido foi feito por alguma organização que preza pelo bem do meio ambiente.

Digamos que o mercado de bens e serviços com apelos ambientais é um mercado futurista. O investimento em práticas sustentáveis é um investimento de longo prazo. Hoje, seu poder de persuasão sobre os clientes ainda é mínimo, quase irrelevante.

A natureza do negócio também tem relação direta com o benefício que um marketing desse tipo trará. Tomamos como exemplo uma grande loja do setor moveleiro que se certificou com um selo verde. Ao exibir esse selo em seus produtos, fica claro que a extração e o manejo da madeira usada na fabricação dos móveis foram feitos respeitando todas as exigências de proteção ao meio ambiente, o que no segmento em questão tem uma relevância considerável para o cliente.

Agora, imagine uma loja que vende bombons de chocolate. Ela também poderia apresentar alguma certificação que comprovasse o uso de práticas sustentáveis, como no manejo do cacau. No entanto, quais as chances do cliente dessa loja se importar com isso? Quase zero.

Ao comprar os bombons, eles praticamente só levariam em conta a qualidade e o preço do produto. Sequer lembrariam de procurar saber sobre o cuidado que foi tido com o meio ambiente na produção desse chocolate.

De acordo com Katsuê Mírian Ávilla Watanabe, professora do Curso Marketing para as Pequenas Empresas, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, os esforços para captar os clientes devem ser coerentes com a possibilidade financeira e com a real efetividade que essas estratégias terão dentro da empresa.

Não adianta fazer gastos excessivos para que, mesmo depois de um longo prazo, só se consiga atrair uma quantidade ínfima de clientes. As formas de adesão ao marketing ambiental não são baratas. Os custos de adesão aos selos e certificações que demonstram a preocupação da empresa com o meio ambiente são elevados e requerem uma série de exigências que contrariam a busca pelo baixo custo na produção.

O marketing ambiental é válido, mas, antes de colocá-lo em prática, é preciso que uma análise criteriosa seja feita, levando em conta os custos relativos juntamente com os benefícios a curto/médio/longo prazo que acarretarão tal estratégia.

Para isso, os gestores devem estar ligados na proporção que o assunto “sustentabilidade” irá tomar nos próximos anos e às implicações que isso causará no meio empresarial.

Escrito por: Victor Monteiro Lopes

 

Victor Monteiro 01-08-2012 Matérias

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